A sétima arte às vezes me soa como algo tão paradoxal e até
mesmo antagônica.
Afinal, muitas vezes o cinema é pensado como algo menor.
Sobretudo quando comparamo-lo ao ato da leitura, ou mesmo pensamos nos filmes
que podemos assistir todos os dias na sessão da tarde.
Discuto bastante com estudantes que cursam a disciplina de
História dos Meios de Comunicação comigo, sobre essa problemática. Em um filme
temos literatura, afinal o roteiro é todo escrito para contar uma história.
Temos o teatro, pois os atores encenam perante as câmeras. Temos música, uma
vez que a trilha sonora é fundamental em um filme. Ainda temos aspectos visuais como a fotografia
e por vezes até dança. Seria um balaio de artes misturadas, não? E o fato de
ser tão acessível, passar na tv aberta, ter para todos os gostos e ser
considerado como algo simples e não cansativo (argumento de muitas pessoas ao
compararem com livros) só me deixa ainda mais fã dele.
Eles são capazes de nos despertar os mais variados
sentimentos. Aquela vontade de viver um amor igual ao casal da comédia
romântica, as noites com medo daquela cena de terror, a vontade de colocar a
mochila nas costas conhecer o mundo, ou mesmo aquele olhar diferente para a
vida cotidiana.
Tem alguns filmes que mexeram demais comigo ao longo da
minha vida. Cito alguns:
Quando bem criança, via todos dos trapalhões. Via cada um
muitas vezes. Sem parar. Minha mãe conta sempre que eu sabia até as falas já.
Depois lembro que o primeiro filme que assisti no cinema foi o Baby -porquinho na cidade. Depois não
tem como esquecer o rei leão. Só no cinema, esse vi duas vezes. Já pré-adolescente
veio o todo mundo em pânico, tantas
descobertas! Na adolescência os que faziam minha cabeça eram os de shows ou
documentários de bandas. Na linha do
tempo foi um que me influenciou inclusive a fazer faculdade de história.
Mas passei a me interessar de fato pelo cinema já mais velho, na época da
faculdade. De lá pra cá tenho um filme pra cada tema, pessoa ou fase do meu
dia. Na pós-graduação em comunicação, onde tive um contato maior com o mundo do
cinema, comecei a desenhar um pouco meu gosto. De fato, não sou um cinéfilo,
não possuo grande conhecimento sobre o tema, esqueço nome de diretores, nunca
sei quem são os atores, troco as escolas, misturo os títulos, demoro para ver
os que me recomendam, mas adoro a sensação de ver um filme que durante a sessão
já sei que ele será de alguma forma incorporado na minha vida.
Diário de motocicleta, narradores de javé, corrente do bem,
v de vingança, Amelie poulain, Palavra encantada, Vincere... bah não vai dar para citar todos que são meus favoritos. Enfim, filmes me encantam.
Tenho como referência e adoro trocar informações sobre
cinema com queridos amigos meus. Fazemos já uma tradição de apostar nossos
filmes para o Oscar. Por incrível sorte ganhei as ultimas duas edições. Para mim, esse ano, o Oscar, por enquanto vai
para “mercado de noticias”. Como esse documentário fantástico do Jorge furtado
sobre jornalismo e sociedade brasileira, não vai concorrer, torço muito para o
“não quero voltar sozinho” nosso representante na disputa. Belo representante, por sinal.
Para terminar, esses dias fui ao cinema, mas não escolhi o
filme. Minha companhia queria ver um filme comédia romântica. Não queria, mas
né, elas sempre vencem. Fui meio contrariado mas quando terminou, com um lindo
sorriso, ela questionou: “Viu, fala tanto de preconceito para os outros...”
Pois é, foi preconceito mesmo. Gostei do filme. “Mesmo se nada der certo”.
Hoje minha banda toca em um show beneficente em Canoas! Não
sei onde é, nem sei se tem ingresso ainda. Mas é 15 pilas para ajudar na
recuperação de um grande garoto com uma rara doença. É mais para os conhecidos,
familiares, vizinhos do guri, então fica o pedido para quem for de rezar, que
reze, quem for de torcer, que torça, quem for do rock, aparece lá! (ta, não dei
o endereço, mas quem quiser tem no face e tal)
Fica já meu pedido, soltem mais a criança de vocês. Não só
dia 12.
Saudade do tempo que o máximo de minhas funções cumulativas
era ser goleiro-linha.
Casa da praia da família, dois meses com a mesma bermuda
floreada, com a dura rotina de jogar taco, pegar onda e brincar o dia inteiro
com meus amigos! Ah e me deslocar somente de bike!
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