As fake news são novas só na forma, já que o
conteúdo é tão antigo quanto as primeiras civilizações. Porém o que antes eram fofocas e
mentiras que circulavam devagar entre menos gente, atualmente em função da
velocidade do virtual, em um click a (des) informação já se alastrou por vários
países e milhões de pessoas.
Porém se o avanço tecnológico permite
que esse tipo de problema se torne maior, ele também nos fornece ferramentas
para que consigamos enfrentá-lo na mesma medida. Com o alcance facilitado a várias
fontes, a pesquisa sendo possível de forma mais rápida e profunda, o que
precisamos é perceber que, se antes uma mentira tinha perna curta e portanto
afetava algumas pessoas por um determinado tempo, hoje as pernas se alongaram e
as fake news podem prejudicar milhões e muitas vezes, para sempre.
Numa situação tão singular como a que
estamos vivendo em função do CONVID 19 e a crise do Coronavírus, ainda não
temos remédios devidamente testados ou vacinas já comprovadas, mas
temos como combater as fake news. Leia com atenção. Cheque a fonte.
Pesquise. Questione. E só então, se achar que é válido, passe adiante. Caso
contrário, ao compartilhar informações errôneas e perigosas você está
contribuindo para o problema se agravar.
Lembre-se que o conhecimento verdadeiro nasce da dúvida, enquanto a fake news nasce de uma pretensa certeza absoluta. Em tempos acelerados, reflexão e questionamentos ficam para depois. E a leitura da manchete já é suficiente para que se compartilhe a notícia sem ter lido-a.
Nessa oportunidade onde a aceleração da vida
pós-moderna tão tumultuada parece ter nos dado um tempo (mesmo que forçado,
devido a quarentena), aproveitemos para ler artigos de fontes respeitadas,
pesquisas menos superficiais, busquemos retomar os livros e estudar para que
seja possível um dialogo mais rico, profundo e tolerante. Valorizemos a Ciência e a imprensa, tão desrespeitadas ultimamente.
Vamos juntos na luta. Fique em casa. Lave
as mãos. E não compartilhe fake news.