tag:blogger.com,1999:blog-41530116424683995062024-03-04T21:41:49.622-08:00UtopiaRalph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.comBlogger69125tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-47723646057555743772021-03-25T05:59:00.001-07:002021-03-25T05:59:42.043-07:00A Educação é atividade essencial! (E deve dar exemplo)<p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI4oF5rMCmNiCpC3nnwlzyFzSY0B_B0nlQa73ZEFXRr79EeR3KUbSuc43leT2v1AUUGi0JgL9EKmr3KwWC_ri1yBAllwZpY14BdvbGHpeiY47Jih1jWxiq-HGxvRmgBLTdeaQud6NVb64/s680/systemuploadsckescolajpg-680x564xfit-b5d48.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="680" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI4oF5rMCmNiCpC3nnwlzyFzSY0B_B0nlQa73ZEFXRr79EeR3KUbSuc43leT2v1AUUGi0JgL9EKmr3KwWC_ri1yBAllwZpY14BdvbGHpeiY47Jih1jWxiq-HGxvRmgBLTdeaQud6NVb64/s320/systemuploadsckescolajpg-680x564xfit-b5d48.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Educação é uma atividade essencial. Mas tão essencial que merece um espaço específico dentro dessa categoria. No estado de polarização e intolerância em que se encontram os debates nos últimos anos, essa discussão merece ser feita à luz da ciência e da escuta dos especialistas. A situação que vivemos é extremamente complexa. Não pretendo entrar nos aspectos específicos daqueles que defendem, acima de tudo, a economia. Mas não tenho dúvidas que nesse momento o mais sensato é escolher a vida.</p><p style="text-align: justify;">As mais renomadas pesquisas apontam a importância das medidas de restrição, uso de máscaras e higienização. Incrivelmente vemos pessoas ocupando cargos de destaque indo justamente na direção contrária. A educação é essencial inclusive para que não fiquemos reféns de políticos populistas que se preocupam mais com a permanência em seus cargos do que com a vida dos cidadãos. A educação é essencial para que saibamos o valor da ciência e da razão. E, além de tudo, é através da educação que podemos exercitar a ética do cuidado, do diálogo e da interdependência.</p><p style="text-align: justify;">A educação é uma atividade tão essencial que não pode dar exemplo nadireção contrária. Escutem os pesquisadores e veremos os riscos da volta as aulas presenciais nesse momento. Escutem os educadores e veremos o prejuízo pedagógico que teremos num retorno enjambrado. Educação ocorre sobretudo pelo exemplo. Seria uma péssima lição as escolas mostrarem que interesses partidários e econômicos valem mais que a vida.</p><p style="text-align: justify;">Fica um apelo aos responsáveis por estudantes em nosso Rio Grande do Sul. Estejam juntos aos filhos de vocês. Estejam junto aos profissionais da educação. Queremos todos o melhor para nossas crianças e adolescentes. Lembremos que a educação se faz no coletivo. E é uma responsabilidade de todos nós.</p>Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-3686286828014310262020-04-10T15:58:00.000-07:002020-04-10T15:58:41.635-07:00Vacina contra fake news<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVuGzX6ekZJbvE6GdPgPgIwM0_ss2P3zbXhr0mVRE4kw0T5d6UhP6ChLiLvARG3OtUPkxtyWTU8Kz0DnQ726Vk2cbAlHFMlrRfwOSu30wS3weifoxLYzs-n_htzYBSXG1pVtHBgytFFLY/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="159" data-original-width="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVuGzX6ekZJbvE6GdPgPgIwM0_ss2P3zbXhr0mVRE4kw0T5d6UhP6ChLiLvARG3OtUPkxtyWTU8Kz0DnQ726Vk2cbAlHFMlrRfwOSu30wS3weifoxLYzs-n_htzYBSXG1pVtHBgytFFLY/s1600/download.jpg" /></a></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> As fake news</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> são novas só na forma, já que o
conteúdo é tão antigo quanto as primeiras civilizações. Porém o que antes eram fofocas e
mentiras que circulavam devagar entre menos gente, atualmente em função da
velocidade do virtual, em um click a (des) informação já se alastrou por vários
países e milhões de pessoas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> Porém se o avanço tecnológico permite
que esse tipo de problema se torne maior, ele também nos fornece ferramentas
para que consigamos enfrentá-lo na mesma medida. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com o alcance facilitado a várias
fontes, a pesquisa sendo possível de forma mais rápida e profunda, o que
precisamos é perceber que, se antes uma mentira tinha perna curta e portanto
afetava algumas pessoas por um determinado tempo, hoje as pernas se alongaram e
as </span><i style="font-family: Arial, sans-serif;">fake news</i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> podem prejudicar milhões e muitas vezes, para sempre. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> Numa situação tão singular como a que
estamos vivendo em função do CONVID 19 e a crise do Coronavírus, ainda não
temos remédios devidamente testados ou vacinas já comprovadas, mas
temos como combater as <i>fake news</i>. Leia com atenção. Cheque a fonte.
Pesquise. Questione. E só então, se achar que é válido, passe adiante. Caso
contrário, ao compartilhar informações errôneas e perigosas você está
contribuindo para o problema se agravar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> Lembre-se que o conhecimento verdadeiro nasce da dúvida, enquanto a fake news nasce de uma pretensa certeza absoluta. Em tempos acelerados, reflexão e questionamentos ficam para depois. E a leitura da manchete já é suficiente para que se compartilhe a notícia sem ter lido-a. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> Nessa oportunidade onde a aceleração da vida
pós-moderna tão tumultuada parece ter nos dado um tempo (mesmo que forçado,
devido a quarentena), aproveitemos para ler artigos de fontes respeitadas,
pesquisas menos superficiais, busquemos retomar os livros e estudar para que
seja possível um dialogo mais rico, profundo e tolerante. Valorizemos a Ciência e a imprensa, tão desrespeitadas ultimamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Vamos juntos na luta. Fique em casa. Lave
as mãos. E não compartilhe fake news. <o:p></o:p></span></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-8975439782069823652019-12-25T11:36:00.000-08:002019-12-25T11:36:03.139-08:00O tempo de cada pessoa. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7AgvCz3a92hdnnhH5n0D3C1acUx2fKomejzDsa_JhU8n2GpEmppxltreUTwZVyTJkWxmGDxUHv5a_dujHqmnSb-JIwIap8OFfzfKD_aDVhRnazijkeAqHEWf8RdtRWNt9kXRboQlJcVM/s1600/IMG_20180922_134559537%255B3482%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7AgvCz3a92hdnnhH5n0D3C1acUx2fKomejzDsa_JhU8n2GpEmppxltreUTwZVyTJkWxmGDxUHv5a_dujHqmnSb-JIwIap8OFfzfKD_aDVhRnazijkeAqHEWf8RdtRWNt9kXRboQlJcVM/s320/IMG_20180922_134559537%255B3482%255D.jpg" width="180" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;">Somos filhos do tempo e portanto não existimos sem ele.
Somos frutos do nosso próprio tempo e por ele somos moldados. Ele nos atravessa
e decide nossa existência e finitude. Ao nascermos inicia nossa contagem
regressiva. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;">Mas para além dos significados mitológicos, científicos, físicos ou
históricos do tempo, hoje minha reflexão se isola na relação de que dura cada
pessoa em nossa vida. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Algumas possuem passagem rápida, quase uma estrela cadente,
que nos causa surpresa, entusiasmo mas logo viram passado. A essas recomendo
fazer um pedido. (Só não vale pedir para que se demorem, pois o tempo é
implacável). Tem vezes que essas pessoas em um pequeno espaço de tempo impactam
tanto que podem ser apelidadas de meteoro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há também aquelas que duram o tempo de uma paixão. São
passagens breves mas muito intensas. Deixam marcas, que por vezes viram
cicatrizes. Costumam sair da mesma forma que chegam, abruptamente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tem
ainda aquelas pessoas duradouras. Que chamo de o tempo de amar. Vão lentamente
construindo a intimidade, o cuidado e o carinho em doses quase homeopáticas e
que nos acompanham por boa parte da vida. Essas são como tatuagens que ficam
gravadas na pele. Não se apaga. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por fim, há uma última categoria. E essa vence
a barreira do tempo. Ela é o tipo mas raro. Ela é atemporal e vive dentro de
nós. A chama dela não se apaga. Ela é o que chamamos de imortal. Dificilmente
encontrará muitas dessas. Cuide para ter o máximo de tempo com ela. Viva e
aproveite o tempo de cada pessoa. Que não seja imortal mas infinito enquanto
dure. <o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-90954986530667209712019-12-22T13:41:00.001-08:002019-12-22T13:41:44.517-08:00Carta aberta aos que levam a mochila nas costas, o saber na cabeça e a vontade no coração<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhze331By-BuYCgT1adsES_vKnCZG6SKLl96k0g3vPaGDlVLP5iBQahWK2ZDwI1tFl3h_HArUQOpbkJg_vEiO8F67d9FAXFjCzR19gmRARvPhbZgoyBF6GlsgJAGWEdLj9xvd1W_fnUtsM/s1600/IMG_20191222_182843023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhze331By-BuYCgT1adsES_vKnCZG6SKLl96k0g3vPaGDlVLP5iBQahWK2ZDwI1tFl3h_HArUQOpbkJg_vEiO8F67d9FAXFjCzR19gmRARvPhbZgoyBF6GlsgJAGWEdLj9xvd1W_fnUtsM/s320/IMG_20191222_182843023.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Talvez vocês não saibam. (E é
responsabilidade minha fazê-los saber). Eu existo por vocês. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Da mesma forma que um autor ganha vida
ao ser lido, ou um maestro só tem sentido se tiver uma orquestra, eu sem vocês
seria uma canção silenciada. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Me construo diariamente com pedaços de
cada estudante. Das gírias até a maneira de enxergar as coisas, eu vou
aprendendo, adaptando e me constituindo. A cada instante, tudo que descubro,
aprendo ou percebo, meu pensamento é como fazer isso chegar até vocês. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Eu sofro um pouco. As vezes escondo pra
não atrapalhar nossos encontros. Outras vezes não consigo e, transformo em
raiva, algum palavrão ou cara fechada. Em determinados momentos não consigo e
transbordo em aula mesmo. E muitas vezes a dor vai embora pela diversão de
estar com vocês. Outras vezes é atenuada pela compreensão e carinho. Perdão por
não conseguir sempre ser o que gostaria de ser enquanto educador. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Eu sou muito feliz. A cada amadurecimento
de vocês. Os depoimentos, atitudes que espio pelos corredores, intervenções
pela escola. Cada evento, engajamento, brincadeira ou debate. Quando misturamos
problemas sociais e amenidades, dançamos ou produzimos belos trabalhos,
conversamos, rimos e aprendemos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Sou bastante crítico, eu sei. Às vezes
vejo isso como algo positivo uma vez que faz-me arrancar o que há de melhor em
cada um ou uma de vocês. Em outros momentos sinto-me mal porque não sei se
consigo ser compreensivo suficiente ou reconhecedor de cada pequena vitória de
vocês. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Professor passa muito mais tempo
planejando do que dando aula. E planejar pra mim é pensar em cada um e cada
uma. Ficar comemorando sozinho o avanço, pensando que palavra eu posso usar em
aula para tocar determinada estudante ou quem devo procurar para melhor
auxiliar aquele estudante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Entendo aqueles que reclamam de mim.
Mais que um direito, é quase uma obrigação quando se é estudante. (ainda mais
adolescente e vivendo na situação em que muitos vivem). Torço pra que chegue o
tempo em que percebam que jamais fiz algo para o mal deles. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não entendo muito aqueles que me
admiram. Mas por eles tento cada dia ser melhor. Seguidamente me perguntam por
que eu estudo tanto. (uma vez que já tenho duas faculdades, estou cursando a
terceira. Tenho pós-graduação, especialização, um mestrado e agora estou
começando mais um). Não é por dinheiro, já que sabemos o que eu estudo não traz
grana. Não traz necessariamente um reconhecimento também em nosso país. Não é
visando algum emprego específico ou desafio pessoal. É por vocês. É a forma que
eu encontro de buscar contribuir mais com vocês. Das aulas de mestrado,
passando por separar o lixo ou evitar brigar no trânsito, eu faço pensando que
tenho estudantes. E são vocês que me fazem melhor, acreditar e querer mudar
esse mundo pra melhor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Muito obrigado por mais esse ano. E
desejo 2020 de sonhos, alegrias, equilíbrio, amadurecimento, utopias, lutas e
principalmente vontade! Para (re)existir, amar e mudar as coisas. E claro,
sentido... afinal precisamos pensar para que(m) serve nosso conhecimento!
Aproveitem as férias e façam de tudo! Vivam! E façam histórias... depois quero
ouvi-las!<o:p></o:p></span></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-67599955060509326342019-12-05T16:13:00.000-08:002019-12-05T16:13:55.992-08:00Dom Quixote e o governo Bolsonaro contra moinhos de ventos. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsxme2REB3Z2C0sBe1oiYn4odpSCQGkQCYz0HhyphenhyphenIC_26Po7hckKLuDbANuIeOk2lY6ZxkywPbmqbfH6mf7lM3yNGBCaaA1APdi4IAWFIIqGkobOZr91LLXDuwCwFfp089SjsGD5b8rd3g/s1600/images.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="751" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsxme2REB3Z2C0sBe1oiYn4odpSCQGkQCYz0HhyphenhyphenIC_26Po7hckKLuDbANuIeOk2lY6ZxkywPbmqbfH6mf7lM3yNGBCaaA1APdi4IAWFIIqGkobOZr91LLXDuwCwFfp089SjsGD5b8rd3g/s320/images.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em pleno século XXI temos a oportunidade de nos identificarmos com uma das obras literárias mais conhecidas do mundo: Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes. O autor renascentista criou um personagem que delirante, enfrentava os inofensivos moinhos de vento como se fossem terríveis inimigos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Atualmente o governo brasileiro decretou como ameaças ao país: Paulo Freire, rock, Beatles, ideologia de gênero. Em comum esses inimigos possuem a inexistência ou a irrealidade. Enquanto isso temas como a violência policial, o desemprego, o racismo ou crescente número de feminicidio passam em silêncio. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Num país onde o governo terraplanista nega o racismo e ataca as ONGs, ambientalistas e defensores dos direitos humanos, o elogio a ignorância parece ocupar o espaço da razão. Precisamos de um novo renascimento. Que venham os artistas que como Cervantes, trouxeram luz, ciência e humanismo. Afinal, estamos vivendo uma nova idade das trevas.</div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-52118421400119767352019-10-30T13:23:00.004-07:002019-10-30T13:23:58.986-07:00O revolucionário em situação de rua<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/crop/320x300/edison-veiga/wp-content/uploads/sites/145/2012/11/monicabentocatad.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Resultado de imagem para catador de lixo" border="0" height="186" src="https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/crop/320x300/edison-veiga/wp-content/uploads/sites/145/2012/11/monicabentocatad.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
Ao atravessar a rua em um bairro nobre da cidade, me deparo com um homem alto e magro, aparentando uns 30 anos. Pelas suas roupas e sacos de lixos recicláveis que carregava, concluí a partir do pré-conceito que era alguém em situação de rua.<br />
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Ele em tom de subserviência me chama de padrinho e vai logo confessando orgulhoso que não usa mais drogas. Meu refúgio agora é a arte. Para fugir da realidade eu escrevo, pinto e desenho."</div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Parei para ouvi-lo. Notei a surpresa em seu semblante. </div>
<div dir="auto">
Iniciou falando timidamente mas ao passar os minutos já estávamos em um papo de amigos.</div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Sugeri que ele vendesse a arte que produzia. Me respondeu em tom solene </div>
<div dir="auto">
"A arte?... A arte não se vende padrinho. Isso seria até pecado".</div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Ao me sentir envergonhado e admirado ao mesmo tempo, só soube observa-lo por alguns em silêncio. </div>
<div dir="auto">
</div>
<div dir="auto">
"Padrinho, me perdoa, mas eu queria um pouco de dinheiro" </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Falei que não tinha dinheiro. Mas me interessei em saber sobre sua arte. </div>
<div dir="auto">
Após uns instantes de estranhamento ele se pôs a falar orgulhoso das suas produções. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Me perguntou no que eu trabalhava. Disse que era professor. (E talvez isso explicasse a minha falta de dinheiro). </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Ele me respondeu "dinheiro é nada perto do que o senhor tem padrinho. Sabedoria". </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Rimos e ele perguntou se eu poderia ensinar algo a ele. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Disse que eu era professor de história e que acreditava que o conhecimento não se transfere, se constrói, em conjunto. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Me ignorando respeitosamente ele pediu pra eu explicar a revolução Francesa. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Enquanto senhoras assustadas nos miravam enquanto passavam com seus cachorros na coleira, jovens atravessavam a calçada nos ignorando, eu lhe falava do movimento iluminista e da sua defesa por valores como liberdade, igualdade e fraternidade. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Expliquei um pouco o contexto da monarquia absolutista, da sociedade estamental e do poder da igreja no antigo regime. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
"Exploração dos políticos, uns com toda riqueza e outros passando fome... Tô sacando" disse ele em tom reflexivo durante a breve aula. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Terminei falando um pouco das diferenças entre a elite burguesa girondina e os revolucionários jacobinos, que colocaram fim ao reinado e vida do rei Luís XVI, guilhotinando-o. Iniciava aí o sonho da República contemporânea (livre, igualitária, justa, fraterna....) </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Ele em tom de compreensão me diz "Eu tenho já um facão. Muito obrigado pela aula padrinho. Agora eu vou é matar os doutores pra fazer a revolução" </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
Ele me estendeu a mão firmemente e saiu. </div>
<div dir="auto">
<br /></div>
<div dir="auto">
A educação é mesmo uma arma perigosa... </div>
<br />
<div dir="auto">
</div>
<br />
<div dir="auto">
<br /></div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-12603555047460813272019-10-14T12:56:00.001-07:002019-10-14T12:56:09.909-07:00Pedro meio cinza e suas meias coloridas. <br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Resultado de imagem para sapato social com meia colorida" src="data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBxMTEhUTExIWFhUXFxgYGBcXFxcXFxoYGBcYFxUXFxcYHSggGBolGxYVITEhJSkrLi4uFx8zODMtNygtLisBCgoKDg0OGhAQGysmHyUrLS0tLS0tLS0tLS0tLS8tLS0uLS0tLy0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS4tLS0tLS0tLf/AABEIANgA6QMBIgACEQEDEQH/xAAcAAABBQEBAQAAAAAAAAAAAAAFAgMEBgcBAAj/xABFEAABAwEEBwQGCAUDAwUAAAABAAIRAwQSITEFBkFRYXGREyKBoTJCUrHB0QcUFSNikuHwQ1NyorIzgvEWwuKTo7PS0//EABoBAAIDAQEAAAAAAAAAAAAAAAIDAAEEBQb/xAA4EQACAQIEBAMFBgUFAAAAAAAAAQIDEQQSITEFE0FRkaHRFDJhcYEiQlOx4fAVFlKSogYjM0Ni/9oADAMBAAIRAxEAPwAjWou2NKQKLjmw9CmCHgYVHKbQa4gfeHyXMy1fh5m28RNGxQ7FpPgU++hhg0hRrW97BPaHombRpOs2LrgZG0IlzF0XiT7Pcec1wzJPiqZ9I5xoiSWQ9xBPpOaWxO8C9/crhR0jXO1vQ/NA/pFoOqWQPddmm8EQMYeQxw8TcP8AtTaFWWdJx8xdWKcdzP7NaLoJIBc7Ocun7yRjRlrjF2PDJo8Bmq9KUK8bV1I1LGJxuaBZ7e0prSOi6Ndvf6zBHIqp2W11cI7o3nDptKI0KzT6bi88SSFoU1JWYvK0CLdq+9rookVh+Ei8OYyPMdFDtWjq1MXn0nNG+MPEjAK92a2sAi78B0UoW5uxnuQOhF7MvmMzC9tB8Vtek/pPbToMaKYdXuC9dxp34xh20Kq23RtmrOl9MB29puzzu5pNr0Q12AdykY9R8kKpSWwWeL3KdpS1uqvNR/pPc5zuZMnzUrVOxMr2yhSqYsc83hvDWudHIlseK7pHVq1saav1aqaOJFRjHOpwZM3gMuKC0q5YQ9pLXNIIcDiCMQQd8pEnqGtjQvpgNypZQ0ABrKkACBEsEAbsFSrI+TgXjkJHWJWya0ao1dJWSi5t1tdoY4OdLWQ8N7VpIBMbcBm3iqtS+ivSFPA1bKG5l3aVP/ylVGai9WFkk1oipU21OBG4gtlN1bPcLXhhgEOdSfiHAGS0HEEECN+KvVfVejZqDu1rufaYkXWxSA2NDXC86faw5bw9WiLphk4fuR+i0U3CqnlewFSEqTWZbmxWO0tqU2VGGWva1zeTgCPIp6VWdQrSKtipXJb2c0i04wWGAPylp8VYXvcBiJWd6EOvdKWCmaNSSnlRZ68kPbKUkkqEB+kXhrCYiAo+g6UMk5nFe03UkBvtFTLO2GgKwR1xTN5KqlR5VlEF9Vn8v99F1lduBuJ+rRMYR+/BdbTdEd3quIpU1182dS0uxGrWhrsDTP78VHqMYSJY4R+96nizPzw6p2672R1Uzwf3vMlmugKfabOw4uII2bf0QbTmnKVRvZgSz1g6CDzOzeqtrVW7Cu6i18gQ7iC7G647XRBncQhFGnWrg9mwuAwJkDHOBOZjFdjD0aUEpJuT+PoYatScnbYRaNHO7QMpAvvHuxicdh4jfltVs0FqnRB++ffeM2MPdbwc/fyiFGpM+rUgxhmvVwc/cNoadgEgeaI2S0ikwNbkNu87ea1Qpq9xMpMONslCn6NFg43QSeZOJQ+2Nsz8HUmg72gNPVsKFX0qd6G2i0yM0+yQvUg6WDrO6Q6/SOTtoO50eR9y7ZdLg5ofVrmSx2LXbCg9GoQUh1HF6DFG6LuLUCrv9GmgBaahrVWzRpmA05PfuM5tbtG08isksD3ucGA4uIA5nBfTGrFBlCz06TIhrR12k+Kkql1ZEUNSfpPSN1wotMOLbziPVZMN5FxBj+k8EBGg7J2vbCz0e2/mFgL+d4yZ45oPZNIdo+pXLiDVeXNIOTB3aY/IBhvJRSz1i4gF7QTkQM/CYXPc9TpQpJIMtrkYmIQLWFxY01aMvJIw9K5vLG8fGNiTaNOCjWFCpAvCWFwEPHA7Tw+amVNJU+zcXANAGxKlKMlZjoxcHczfTVor12hzmVLrCZcWOESOIywz4ILUaSIHyI4gq/1tZAHdmwgOOM5SNufuWba6WtrK57KGgtDnNGQcSZjcDAMcVswWIglyzHjqMm+YXn6LqZbQrXj3jaCSMo+6pAHxifLYrk8rHNVNY6tCk5oALnuvS6TAugBsCN057VYKOtVZ0y8YbIG3LZwKfynJ3RjzWL60gBe7YKn2bWjGHtkb24HocD5I3YrayqCWGYzGRE5SPjwS5U5R3IpJhM1Qmn1EyJS5wnchCIFbvVgPZCnhyH6P7znP3lTpUKOVHKPeTlQphWUSH2Zm5doWSndmE22oD6h/filtq3RApuP75rm5/wDy/I35fiOGzsCS2k3j1XL42td+/FQNOaQbRoVal1wLWG7/AFHut27yFFO7SysjVle5mVTRYtdpq1HOus7Rxc7bEm6G8boHLoi9ut1OjSFKi0NblhndzPWD5yoNlpllNrPWdnzOfTAeCCG2Cq97p7ocGj+gCMOZvHxXYlaC0MKvJ6hK02i4Q52L3N7o9lhxLjxOzgOSjU7aXYnZgBuHzOaG2ms57i53pOMngNg6R0CW3CBvxPwCqMi2gi6um6toTRco9cpjkDYZtbkOc7GPH5KS96juAkLNJ3YwJ6BtAZXpvdMB0mMcgfjC1/VzW5jvuzUaSMALwDo4tOKxanTwkOLeIJHPJJFIHITxdl+qFwbd7lqSSsajq1pRrZsz6jXVKXdddmMMJxAnwwxzVlNMVmOFLCqzvMM5mD3TwMR4rDrNWcxwNN3eGRGDR4bRzWu/at1tntTABTcGtfdbGcXSYzg4E/iKy1oZPkzoYepn+aD+iq1K10Ayuy9vDhixw2DcRvTdfR9Gk8MfiNnecJA4AxKYtbBBr0CGzi72Z2kjcd+/mgOkaBqNM14ccSQJIOyJMBZpSWxpjF7jGtFhs1Ufc36by66whxMkmG+kTGJGSz3Wy0sfbK3ZRcvw0DKGgNw5lpKOaZtwszDFY1azgWsJM3NjnwMGkAkDbJnZjT7KzEndgFtw8Wlqc7EzTlZB2xGGOxF6F2hVL3Z91vmfkh9mpHEzi7Dw2lEWkU245ZQMydw4roRdzE0FGViBJ8FIsGnqlF4e0zGbTk4bWn58kHF4i/UOOTWjIcOKYqvwPh70bloDY3Gw2llakyqz0XiRv4g8QZHgo2k6t1jugQf6PKk2Cnj61T/5HH4+al6WfL2M4yVje4ZLsDYYApEphhgJd5WUJqlR7yRabUAoH1xQhaaGj6gER5qSyzVPZRK8/cvOLzsWeyNIJNkqT6KrGvD7lMMcRecQ67tujCY3Xi39hWjWXT4sdE1XiSTdY32nEEgE7BAJngsctmmH1n169Z15xbPABpBDWjYAMgnUKeubsLqS6A7TmkwwdmP9Qtz2NvbTxxlAtGmMNmCiWiqXG87NxLj8FJsxhXOeZlRViZTbiSeZSqe1x/e5KqMhrRvx8JIHxS7uTfEpqQLOMbgo9uPePIe5TScQFB0gO9zHxKuWxS3IVRNNKdco4SAyS1+xdfUkRs3b/wBFHa5dB2osxLD4fmj+ruszqA7Oo3tKJ9XaJzidnBVuV2UM4qaswoSlB3iXr/rdsGm3tW0ydzZ5HHJV3TumGP7tC+AfSc84n8IGMBBnPSYSVQhF3Q6WInJWYlxJOJx+WSk0HZBRwl03wcE5GdhSlVIzEbZ4Jdnl7rxyGDRuG081FvF2B8fgFJqugBjcznwCemAOvr3jI9EYDjvK64fdk8R70gsiGhP2gRSPh7wj11KNY+jDRrX6OpOJMl1WfCs9o8mhNWumG2p7QSboGaKfRZTI0ZQ4msf/AH6sKxvsjCZLRKyOWo3LoVJ1aMym6lcK2usbPYCQbEz2QqzlOBRrTVCHXlo7tG0T6oTX2XQ9gdEWYHIFhaDMSNmw7ckp1Y+0MdkJQptiOEYumIyznzS20WbycZzgccBGazKrTf3l4j7PsDtJUW1qbqVZrXseLpaQcdojcRgQRiIWKa66pVbGHkXn2d4utqRkTi1tTYDIAnI88FvP1Zm8jlHvAlN2mx0nAtdBaRBa4BwO+b04HcmwqxXUGUW+h8v6q6BdbbVTs7SQCCXOAm61okuO7GBzcFG7FzDdeIcMCNxBgjqCvozV7U+xWI1HUMHVHEkvJfDMPu2zjdkTiSZPJZ79Kep7xUNqs0VGOxqMbF9roEuDQBeaYnATJO+VeZFWZR9oJ2Nb5NCVT3psuwG8gT4BdaVqQtjlISVF0q2CPFS6RTGmdnP4K5e6UtwY5RSpZUR2azsYeCUEkJSogqV6UldUIdXCV6UQ0RoS0WkxQovqcWjujm8w1viVCA9Kob1p+hfofqOum1WhjGnEso95/IvcLrTyDgqprjYKVC21aFFlynSutEkuJN0PLnEkyTe5YDBXHVkYNs7YF4qTZqWb3ZlIp05I3BSah2LTFC2IptkklO2v/TPh7wksXbWe4fBE9mV1N51CpXdHWTjRa/8AP3/+5HS1B9U29nZLLSc3H6vRDTsMU2yOB4FFqlWMbmAEmDiOMbRyWFrUemcNPim3AceidFeRLRM4iNo4FeZXBkYgjMHAjmIkKrEuRzTHHou9mN/kne2EgODhOWWPI7UuG73earKS6KpWttQ5PcI3JLtI1djj++aH2Z7n5lwPGMtuYTrWGbt4z4fJc32Gh/RHwRvc7E6lpGqdp6NSn22p7R6N+SgG+MA4/wBvyUS0Wuq2TPUN+WKp8Oofhx8EVzD2nH1HNwceXd+Dfiq4+xuf6bL3WOhKLutlVxi9lOyFArW6qDGHh8UccJTh7sUvkTPcpOnbN2dZzQIGBA4ED4yojEY1qlzmvIxIu7dhkZ/1eSDMC69L3Uc+p7zHqRxTOl/iE9QzCZ0rkfD3pz91i+oMRGw6PpuALmzOfehDkZsBNxsbto/VZKquh9PcI09AWUj0DO/tXKPadV2D0T/dPmplkdVOQZ/cibaFc502nk4rOoNdX4sc8vbyKsNXx7R8vknP+nB7Tug+SsVazVh/B6PUCsyoM2EeJRWfdg/Z7A1mhSwyHwRtLAfeEYs2mLcwC7a3kDIESFDbecJuOImMMvcu94fwn+amV92V9kPWXXW2N9KoHf7f0VM03bDWtVWq7N75PQD4Im50Ylj+hQSq6ajj+Lb0TKMLSvdgVGrExhwwSkmnkukreZxbEza5LXAZxh8E6Ehjxek5AgnleUexFufQ1m0rRa1rQ70QBtGQA3J/7Wo7XjxKorNIUSf9Zn/qD5qUy10jlVp/nb815nlYrpVf9sfQ6Fodi6N0jSOT29f1Svr7Pab1/VU5lel/MZ+dvzTgrUx67fzt+avlYz8X/GJMsOxbjaWH1h1Xvrbfa8wqsLWwY9o0D+sfNK+v0/5rfzhRU8b+L/gvUmWHYbdZw7AHEZHYeSh2WzkuBDs8QRt5b1KpUZMMcMNoPRKbULGgC7EmMMpOOS6VkyZmhoVXSZaJGBJ96ar3XNdIjumMOGZUtlpeJlgIyx2nOeS5aoexxgNcAekHJWUwDeguHE+9cstEG8dshRq7yXCBGLveitgaBR5klRkWxTtaaM0SR6jwfCbvxCqjStEtdj7Sk9gze1w8RiPMBZy0rTSehnqLUfonFN6Sycl0M0nSGR5J/wB1ieoJCsOjmgtYD7IhV4KxWbKkfwt9yyT2NFLcsFjsndEYb+qsFFgAwQayOkYBG7MMMUocxdyVDtdkacxmQJ5ogziuEiVAQZo2zgUsvWf/AJuXhTzU/RtMGiOLnn+9yU6jhlirsBcGVqMNxGCz63tivU/rJ6mVpdodgGxngs+09TAtVRo2Fvmxp+KZS94Cew3ewXgMEmE49bhB1qj1Tg7kU+ckw70XclTIbbTYCJgIlRs7YxaOgQ/RovMbj6oPkFOY45AysFjULdYmDHs2H/aElljpEwaTMfwhOduUtlL1lCAjWSwUm0gWsa03hiGiYgyJ3ZKtXR7P+PyVr1nf900fiVYvqBRVwn9VuiWvMjw6JTLaZumBxiMxjgrNbapOQncIIaOe/wAeigGu4HFrSORWSdltcfGTe9hnQrLweCQfeP0TWkaF1rxOYInwU1lef4Y8A75Jus4knuN5RPmjjUtGzAlG7uVt1mwBjHPrj8UplpAaRlHDMnD5ovXsxMRTYTwEe9DbXSI9KkByMfNXnRSTQPsb8SXGN3xVA01Z+zr1GjK+SOTocPIq/VqoHqEHmqdrVTN9r/aEdP0I6J9Gos1hVROwKs+aTbtvJKs+a5a81t6GbqB2qyWBhLGR7Ijoq4Ardoons2Q0mGtGAnZwCyzHwCuiKhbIPOUZp1uKFTcbemHHBocBn8ApFODjEk8CJ5CUljE7hUVBvzSntlBalpAc1xpuwJwAwx3hcq6QF6QSJ2ACFReoe0MPuGGc73+Tk6+qRzQWzaaDGNaGYDKZG2d3FKtGnMPQ6GfgppcFJk67OOaz3WJsWyrzb/g1W1mlwfVPU/JVPWOsHWkuiJa33R7oTqPvATTsM0gkvOK7TKSVuM52rko4d3T+96erZJulkcP0/coXuWbRoipNJkbWM/xCK0nQJQHQdcdjRkOB7Kns/ANyMC0bLrsMxddI8lhNRNbWnJOl6gUK4MnEcwR8Ertsz8FLksD9Z39xo4n4Kt9r+FHtZJIYdgmY4xmgEcD0Q3LRoX2jZ/bb5hd+vUD/ABGdR80N+u0v5jfH9Qk/WaP8yn+ZoXEfDaq2rz8R3Mj2CzLTR2VG/mHzXX9kc3NPiENp1aftsP8AuBTjQzZHgR8Ff8OxHSvL9/UmePYlus1I7R5JupYGEReMeBHSFFdREej5JDbM32G9AqeAxfSu/BepM8Owmpq/T9VxbO5VD6RdBXbL2odNx7Tg2DDjczne4K49kB6oHj+qH6WsgrUatL22lvpYSfRPgYPgioYbHU6kZOrdXV1a2nXoSUqbi1YxmiPcu2gBcojEzhh5yF6uvULY5z3BLsytE0JoJ9SnSqBwhzGEAOj1QY9FZ5UHeK0DQ+karLMy5ULSKbAMAQMANoXMxqrZVyWr36mmjlu8wYdq5aHkkhu5neDobyMYk4nwUduqVtAwIwyh4H/KPWLSdQtBL/G635IhTt9X2/JvyXIcuKdMnma0qXxKmzVa1k96kDye2epU2nqxVjGz/wBzD7nKyP0hU2Ob4sn3FNnSVbfTPJhHvKinxT+mHn6l/wC33YAdqvWGLBdO6ZHzQ+06v2okzSceLYjzxVx+2nj+HszjCZGAuk8TPBeOmKpyYzkb45Ywg5/FL/8AHHx/UmWn3KOND2pmIovHENxxVR0+xzbQ4PBDobIIg+iCtl+1Kkd5lLwqOHSWrJ9e33rbUJAEingCT/DaMyuhw6ti51Wq8FFW3T/URiFDL9lg+ilXsckzTdgn6TF6BGAbtWSZYe54n3BSLW3ulDzbGRdkzjjGGMbUMnZ6lo3TQpilRjYynv2NHGEYe7EOIw9F07icD4H3oRobTtE0qYOxjRkNjRtKJfbFDb/jPuzXkJcYqRk06Ev39Dqcm63JwszePVLdS3FQbPpyi4BwkDiPDZIT40pR9oeIPyVvjLjpKhPwB5T7jraRnEnoAnuw/E7y+SabpCn7Y6r32lS/mN6hT+P0lvSn4L1B5Mu6Ix0dT9gLjtHUvZ8z81MvJoCSu+ZiO/RVI+r5n4pH2JRObAp9cDxUYuIOCohDqatUD6kco+SaOrVLe4cjHwRmm7em7Q+RCjSLQEq6vt2Vqo5PKhV9Amf9ergdrnH/ALgjxcQUisZBQaBGOWnRrjarg/ifeEnY0zeMnD0p6o47U6mQIfUP9JaQf7cOoVksugmWmiWPAl1G6HwCR3g4RvxxhO0dHM0fZDec57aQc4mMTJmGiYaJMLj8Q4hUjNU6c2paJRS3v1v89LD6dOO8lp3KRprUVtKg+u11Qlsd3ukYmJOGDRmSuaKsVS4xhe2LrcLuMQCMeiuOqmuBtNYUhZi1pB74dfuwJ74AwBy5wp2stiDazHx6YgmIxbAx8COiPD4rE06vs2Kjab1Tunp2svr1F2hP7dN6bAWx6Kq4RVacvSb8moo3R9pGdWl+Vyn6NpgYokLq6qBu+4BbZbQfWo/lf8XLr7FaJBJpnhBA/wAsVYZBIT5soV5UyZmupVWWW0g+hSPLu/EwudjaBP3TMoH3n/jirUyzJxtnG5TlRJzJdylGnaI71Fp5P+YVD09oyvXtpp06LjULGm6IMDESXZAYZlbfVpA7PJV52i2stbbY97KdOmwgk4S50tkk4RBAjfG9Kq1Fh4OS32W7u+i+pUpOe/poVvQv0WOi9a64Y3MtpxkMTeqPEARnA8UQs+qmiqjrtGrffBgds4kxnAnveCvzmU61Igw+nUZsODmuGwjYQUFs+qNkoP7docCySC55LW4EEmeBOa4TxsqsJ86pUU/uqNkr9ns9wnCUZRyKLj1vv9DCda7ARbatJndpsLQM4EsaTIGZklP6K0TZmkGoS88Wuu/lHxJVwttObTWcMQahxmQRsIO4hGtFURtAXfoSk6UE97L8gWkpNg/R1vpgXb0DLJwAGzZkiVS1Ui3/AFGjDbhs4hF30huHQKRToM9kdAiyINVGBKNupNF0mCPwuOWWIG5TDa6R9ceMj3hFBZmH1R0C8LIzcEWQFSaAbq9Jpm+yODxPQpP2rZ/5reoR59iZuCa+z6XsDoELh2CU31Ca5TqFeu4LwwTBQiq4pppjFPRim6zAMigZaFCqZTT3bUhzozK5M5Krl2G3PwlI7XNPPo4ZJsWUGTw6qrF3I+rlAEUXSe6yY3y0tHLBxTo0/ZXmqO2YRSE1Jm6Bl6REOxwwQGrpwWZ1mDpLLru0AzIIut57T4Kkact9ItFCz0uzoh143jNSo4TdNQ5QJMNyEzmuPi+HRxVZubeyUWrWWrvfr8vmOhKUbWtbr+heRrk0tqfVabQ1gvS8XQcYwa3Lxg8FXdHazWi1VndoW3ZljBBaC2A66YvbZgk5qqVXvulrSYLRIGUuN1ggYnE+6E1ZmPs1QEAtewzddMu9ru7DGzOCd0Lo4fh2Hoawjr3er/fyAnUbdjXbJVfGIU9lSUM1d0sysyRmMCPi07WnYUZo2YF05Dd+9i0pAXJFmbiEUao9MAJ8OTEgGzpXiV5MVKo6KygJrVrPSsbGF7XPc911lNkXnHAbTvI6pzS2hhaqbWPc5gvB7g0gnAHuycAMdm5UHXjTwZpKm+7fbRDe4TAPrHHYZP8AaEYrfSjZQzu0axd7MMaAdxN49ceS4vFfanKm8OndO91bf6/mPpwg01LZl4r6RoWWm2+9rGgQ0Ykw0RDQMTAhVTWzXdho3adEPp1AWk1Hlkg4YMbj4yCs60vrHUtdbtXw3ABrGzdAGQxzOMyplupmuaTKZcS5pkAjuTgc/RGAxO8o8HwqnCMZVLue716/D5d7lyk9drBnQYY5o7MEDO6TJaTiRMCQCSJhWrR9j8FjlejVsdQYlsHMZeJ2g8sOq1jVfSnatAfg+6H8HMdk9vCcCNhELq5bdRG2lg5aKeSVTC9VcZC7tULRJugBJaV6oUqg2SoWdquTV8pytAUa+qIgv9Td7X9v6pBsjvaH5T/9lNBXb4UKsQRZXbx5heNlO0NPifkp0L3UKEsC32E+yOv6LxsjwcGnwKJTxXQqIDS07WHq34lM1gYPdOXD4FFqjidgTbm78OShDHdaKbhVAcILWAeQPxKrVYDbgPcAr5r/AEg+0hsx90SI2unI/wC1uHI8FQLVOIIk8NvyQpaj4y0JGhSXVqe6/fcOQlgPIBp5uVp170Y2o0Vg3vRiRt3H9VX9XrI+9fdhnA2kk94+QWgWcB1K6/EFOWugD01KRqBbS2o6nUcBBNQYelIuOEzh6kiPVGS02zW9h9YdQs8dZHWK0NrsBdTDsREYEEEc4JWhWO006tyo0gsiQQPCDxG5Lle5TiT6NsBOYA5p19q3eaS2pT9mf9oXHOp/yx4hqlysrFGs8j5JlwcuOcz2QPAD3Jt7NwHgSpmReVmJa1Oc61170z2j/wDIwhBaUf15qEW2sYwlox4MaM/mq8aw2gwjsysyQqm6Ee0bbLlRhBxLW48/+UDaGnIr1Jpa4HioXc0LSNjZa7IKgEvbMnfJJ+Kqeh9J1bPWpgFxuGGt9UkkNLTOQcIBxzDTxB/VXS4pgjYRl/yua0aMGFekO679meCJO5JR6Gi2e2tqNa9p7rgHDkRPVPNqZnp8FS9U9YA/7us8MMy1xENxzBx7uMndjsV+paPfvb5oQLWGw8kDkpVmeGjPmm3WF+2PP5LlWyPAnCBicd2apEG7RXBlRu04JsukwNhg+BS7p4dR8lWgSiyySvAoc3S1I+uPNOttjDk4dV5N8fxUfepfmjT7Ou4R7XwSb4UQWhvtBKFYe0Oqtf6ln1pef6FezfEll7doSH1NyYFQHb7l29xRfzNHrT8/0K9n+I+xwGO1N9q0cUggbvJJNMbka/1NR6wl5E9nfcq+uWhDWAq0YFZgwBPdeJm6Ts29eme9ixryCYN4+9bM6zMOzzKybX3Q76FZzww9m8y1wxEnG6dzh5ha8JxmjiqipxTT+NvUKMMibDdjs1N9OGkNfGBzQi0MqtJFSuWjc1VmyaYewyHTGxEqeuBi7UpuIPrAiRyELuIU2lqLtlopQRfqni7LzRTUPS4pPNIn7t57pOQdlHAH4BVS0Wiy1HEmpVn8TZjoU8G0qbO0pWyTMXLmJ8CckTjcHMbiGncOiU2jB2k8lVvo40/UtdF/aCHUnBod7QIkSNhEe5XCSuXW4lhKNR06k7NfP0CUJtXSG7h2j3JJYd378Eo03Z4JTQ79lCuK4N/9iJy59gNpnVuhaR99SaT7Qwd+YQY4KmaT+i1hk0azm8HtDxyBbdPWVpsHcm3Uvwp0eI4bpVj4oB05PdGIWz6O7SyXB7TGQAPv2IDaLNUpOuVWlrth2HkV9E1aX4VX9PaqstLC1+BzBAxB2EJqxtGX34+KJy5LZGLUKpaVbtC6xNLCyoARECdkoTpnU+12cmaTqjNj6YLx4gd5viPFA2GDBkHdt8RmOidGcXrF3+QSelmWnS+iLpv03XmEXsMwPxRki+q+ttWzQ0zUo+yTl/QfV5Ze9UqlpeozAOkDCCpdDTTB6VMeBTLk0N30Rp6jaWzScDvaYDhzb8ckTY4ZQsCt2l6ZDPq7HirOBa43gd4u4nktm1cq1TZqLrRPbXBfwgzskYQYieKp6Cmhm12AXzGG6OGHuhN/VXbyiVuoh0GThu/RRvqX4j+Y/NA49RsKmlmwUykDk9pUllPLLqvLyWkhsrocutGbehToDeXMSvLyuyFXZ5tLc4dI9yUW/hB6ry8gdKD3S8C8zEAu9kjk5eaXb3eOK8vJTwdD+iPggs77nHOePWPmmLYC9pa4gtOBBEheXkuWBwz15cfBF55dylaS1VpkmGN/uHlMKt2nVhwOExwI9y4vJ0LwWjfjcjSfQHWvQ5YQDexndPuXaWj6YzbUnjEdYw6Ly8m3cluSMVd6GhamaUpUKdxtAtLoLiDN4jCSrfS00w7HeXzXF5cbEcHw9Wo5yvd/H1NKlZElmkGnYfJd+0mbnflJ9y8vJX8u4V9ZeK9BfNdzp0gzj+V3yXBpKn7XWR715eWetwChDaT8vQOM7nvtOl7Y6pf16n7beq8vLJPg1JW+09Q2xbbQ05FQtIaNs1cRVpU38wJ8DmvLyCpwyNGm6kJu6FqV3Yrlt+jqyuk031KfAODx0dKA2z6MH+raA7mxoPkF5eWenxbGU9FNv56hcqD3RL1e1Kr2eq2p2mXSOS0WjljmvLyRiOIYiq8zk7/DQLlxSskOGEns27l5eSVjsUtqsv7n6g8uPY//2Q==" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro era um senhor de meia idade. Meio magro. Meio alto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reconhecia-se como um homem médio. Ou melhor, um homem pela
metade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Trabalhava como mais um auxiliar administrativo no serviço
público. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Morava com sua esposa e uma filha num apartamento alugado em
um bairro distante do centro da cidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fazia seu deslocamento com um carro semi-novo que
estava pagando aos poucos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pensava em divórcio. Mas estava esperando a mulher tomar a
iniciativa de pedir a separação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tinha medo de morrer sozinho. Temia perder o contato com a
filha, que na visão dele já lhe achava um cara meio fracassado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Certo dia, cansado de ter uma vida pela metade, Pedro antes
de dormir, em um choro seco, prometeu pra si mesmo que a partir da próxima
manhã tudo seria diferente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Acordou e simplesmente decidiu não ir trabalhar. Depois de
anos sem sequer se atrasar, Pedro troca o trabalho por uma manhã inteira na
cama. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo-se um rei, levanta quase meio dia e senta-se na
varanda. Ainda de cueca e meias, resolve abrir um whisky escocês que ganhara de
uma tio rico e guardava como enfeite. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ao sentir o último gole queimar lhe a garganta, arremessa o
copo vazio que estoura na parede. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Coloca seu terno que só usava em batizados ou casamentos e
resolve sair sem rumo definido. Enquanto dirigia ao som alto, decide viajar
para o litoral. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
15h e em uma bela terça feira de sol, deita-se somente de
cueca sob o sol de uma praia vazia. Mergulha e nada alegremente até perceber o
sol se pôr. Seca-se com o blazer e resolve colocar novamente a calça e
camisa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
De sapatos sem meias pega seu carro e volta para a cidade.
No caminho, resolve jantar em um chique restaurante. Come ignorando
completamente os olhares curiosos dos garçons. Ao passar pelo centro da cidade,
resolve parar em uma casa de massagens. Logo de cara chama as duas mulheres
mais atraentes do salão para o sofá que estava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Meia hora de conversa e sobe com as duas para o
quarto. Deixa o estabelecimento já era quase de manhã. Ao chegar na garagem do
seu prédio, chora. Chora muito. Por tanto tempo achava que o sentido da vida
estava no que ele não fazia. E agora tinha certeza, a vida não fazia sentido. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pega o elevador pensando que tinha excedido a velocidade do
carro e portanto certamente acumulados multas de sua ida a praia. Pagou as
garotas de programa com o cartão que estava no nome da esposa e está saberia da
traição. Tinha desaparecido e não retornado as ligações da filha que deveriam
estar muito preocupada. Gastou mais do que tinha para manter a família durante
o mês. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ao chegar no sexto andar paralisa vendo a porta abrir
lentamente enquanto pensa o que fará. Seu pensamento é interrompido por uma
sirene. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Seu celular toca exatamente 7:15 e ele acorda a tempo de ver
sua filha saindo para a escola com a mãe. Fica paralisado percebendo que havia
tido um sonho e enquanto veste o seu uniforme monocolor pensa que descobriu o
sentido da vida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Veste meias coloridas novas e sai sorrindo. <o:p></o:p></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-78312859046805001772019-09-21T13:00:00.000-07:002019-09-21T13:00:02.097-07:00O Amor atravessa na faixa <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4YX5h8NX0MkSAvcErBRu9ZO1IDc8FcL42boM_MT-8RKhei_SsN02-2gvkiUmlaDA0c30eg-0SaGQc5QZYFWqUxaRg4456QWO4rWD0aPZgDME9IntyEP2tWxoDgrkTd-PaEh9CMFpai2E/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="223" data-original-width="280" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4YX5h8NX0MkSAvcErBRu9ZO1IDc8FcL42boM_MT-8RKhei_SsN02-2gvkiUmlaDA0c30eg-0SaGQc5QZYFWqUxaRg4456QWO4rWD0aPZgDME9IntyEP2tWxoDgrkTd-PaEh9CMFpai2E/s320/download.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Dirigindo pela cidade tenho
a impressão que estamos todos apressados para chegar aonde não queremos. Parece
uma espécie de gincana onde quem perder menos é o campeão. Essa competição
motorizada que inclui violência, intolerância e barbárie, nos causa a impressão
que não há espaço para o trânsito dentro de uma civilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Ao sair de casa com meu
cronômetro regressivo ligado, armado em meu tanque popular <i>1.0</i> me
deparo com um homem de meia idade atravessando a rua calmamente com seu
cachorro. Por um instinto de cuidado com o animal, resolvo parar e deixá-lo
atravessar com seu dono. Mas ao me ver eles param e com um olhar que emana a
mais profunda doçura acenam em sinal de agradecimento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Aquele gesto tão simples,
quase imperceptível nas grandes questões cotidianas, me paralisa. Me faz querer
sua amizade. E se nós marcássemos um churrasco? Ou pelo menos um convite para
tomar um chopp? Poderíamos virar grandes amigos e sair para jogar bola com o
cachorro. E se todos vivêssemos em paz, sorrisos e agradecimentos, em um mundo
das delicadezas? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em poucos segundos, enquanto essa história se
forma na minha cabeça ingênua, já sou jogado de volta a selva urbana por
buzinas que gritam atrás de mim. Já havia se formado uma fila de dois outros
automóveis impacientes. Acho que é impossível o amor no tráfego. Engato a
primeira e percebo que o mundo continua parado. As placas seguem não apontando
o destino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-87375327367190582372019-09-10T13:58:00.003-07:002019-09-10T13:58:30.838-07:00Meu prato favorito!<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> </span><img alt="Resultado de imagem para cless comida" height="200" src="https://heikograbolle.files.wordpress.com/2010/06/mg_3820_baixa.jpg?w=500&h=500" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Desde
pequeno quando sou questionado sobre qual o meu prato favorito, causo
estranhamento., Ao responder – Cless, sou assistido por expressões de
curiosidade ou incompreensão. Fustigado por perguntas: <i>O que? Como? O que
é isso? Que gosto tem?</i> Lembro que ainda criança me enchia de orgulho
e prontamente ia esclarecendo que era uma comida alemã feita pela minha avó.
(Continuo com a impressão de ser um prato original dela)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Dia
de Cless era um ritual. Preparar calmamente a massa, bater forte por minutos,
cortar em miúdos pedaços, colocar pra ferver e por fim mergulhar no molho.
Minhas preferências sempre foram a massa mais grossa e pouco molho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Recordo
o aroma do molho vermelho ilhado por carne de panela, conversas na cozinha, e
principalmente a alegria de esperar aquela comida ser servida como atração
principal do almoço. Minha avó sempre soube que era meu prato favorito e,
portanto, fazia dele um rito. <i>Cless pro Rafa. </i>(Ela me chamava assim)<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Nunca
comi menos que três pratos. Só não repetia mais vezes para deixar um pouco para
saborear na janta. Lembro de já na adolescência minha vó, aos poucos ir
ficando mais debilitada e minha mãe foi assumindo o papel da principal
cozinheira da iguaria. Ela não sabe, mas nunca ficou igual ao da
vó. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Hoje
tenho claro que eu nem gosto tanto assim de Cless. Eu sempre gostei mesmo foi
do carinho que vinha de recheio. No tempero do afeto. E principalmente do sabor
de amor que eu sentia toda vez que tinha Cless. <o:p></o:p></span></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-45644609760385170972019-07-30T06:59:00.000-07:002019-07-30T06:59:05.771-07:00Ela está morta <br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><img alt="Mulher morreu após perseguição e troca de tiros com a polÃcia â Foto: Reprodução/RBS TV" height="180" src="https://s2.glbimg.com/ln2b1lNoiYuHF8sJvRO_8U-x-gE=/0x0:1280x720/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/q/y/FSkN9HSJie7cmZ8Xz60Q/borrado.jpg" width="320" /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ela
morreu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Morreu ali, em meio a todos. No meio fio da calçada. Morreu como viveu:
sendo vista, mas sem ninguém enxergando-a. Nas regras do jogo ela não teve
sorte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Era
noite fria e a vizinhança teve o espetáculo que foi capaz de entretê-los
naquele fim de sábado. Sentiram-se assim incluídos no contexto de violência,
que tanto assistem pela televisão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ela
morreu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Morreu com os braços abertos. Mas a preocupação era se os policiais que
a mataram estavam bem. “Deus é bom. To bem. Ta tudo bem” respondeu o brigadiano.
Foram só os vagabundos que se machucaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ela
morreu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estava ali quente, estirada na margem da rua. Mas não importava. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Isolaram
o local. Afastaram os curiosos. Ela continuava ali morta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
policiais se cumprimentavam. Saudavam-se como guerreiros. Talvez pela
adrenalina da perseguição. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
carro que ela estava, havia também duas crianças: o filho de 3 anos e o irmão
de 13. A única companhia deles foi o medo. Choravam sozinho dentro do veículo
batido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
número de vizinhos assistindo a cena aumentava. Já era quase uma festa. Cada
qual contava entusiasmado como foi ter que se jogar no chão para se proteger
dos tiros que vinham da rua. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Parece
que o carro era roubado. O motorista e o carona eram homens com passagem pela polícia.
Polícia não os pegou. Fugiram. Os policiais foram incapazes de realizar seu
trabalho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ela
seguia morta. Os policiais tiravam fotografias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
pais dela chegaram. Reconheceram o corpo. Reconheceram a tragédia. Choro. Desespero.
Ela lá morta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-27442063001820537862019-04-01T15:34:00.002-07:002019-04-01T15:34:59.079-07:00As que NÃO são perfeitas. <br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando iniciei na rede privada me
alertaram que iria dar aula para três estudantes perfeitas. De cara eu já não
gostei. Não sou um grande fã do que se considera o "aluno perfeito".
Aquele que se preocupa demasiadamente com a nota. Gabarita todas as provas. Não
questiona nenhum tema trazido pelo professor e se assemelha a um robô nas
relações. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eu já estava esperando 3 meninas com esse
perfil. Tive meus primeiros encontros com os estudantes do fundamental. (Era
uma de cada ano) e não percebi em nenhuma turma quais poderiam ser as
"perfeitas".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com o passar do tempo fui conhecendo mais
delas a cada encontro e já identificando-as pelo nome. Mas daquele momento pra
frente eu tinha um único objetivo com aquelas meninas: Fazer com que elas
soubessem que Não eram perfeitas!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Provoquei elas. Questionei. Critiquei. E
fiz questão de elogiar quando achava necessário, mas de não exagerar na
massagem ao ego das mesmas. Tem uma delas que até hoje diz que não noto ela. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma delas chegou a me cobrar porque não a
elogiava, igual aos outros professores. (Em tom bravo!) E sei que ela não
esqueceu da minha resposta. Outra, quando soube que ela havia ido muito mal em
uma prova de geografia fiz questão de mandar uma mensagem pois sabia o que
aquilo significava pra ela. (tava iniciando o ensino médio). A terceira eu
observo e admiro mais de longe pois ainda é minha estudante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As três são ótimas estudantes, daquelas que
nos inspiram a querer dar as melhores aulas. Que me fazem dar a maior atenção e
relevância a cada discurso que trazem. A observar com ar de orgulho a cada
atitude que percebo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por perfis delas e sorte minha, todas
participaram de uma longa caminhada no Voluntariado. Confesso que não faço
ideia quanto elas ficam em cada trimestre. (Creio que sejam notas altas. Mas
isso é tão baixo perto da grandeza dessas gurias). Muitas vezes quando preciso
tomar uma decisão, confesso que penso o que elas fariam nesse momento. Em
segredo, admiro e me inspiro nelas muito mais do que já partilhei. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É muito bom imaginar que talvez tenha um
pouco de mim ali naquelas meninas mas saber que tenho um pouco delas me faz
sentir melhor. Elas não são perfeitas. Não são mesmo. Perfeito deriva de feito
por completo. Pronto! E elas não estão prontas pois ainda tem muito tempo para
tornarem-se seres humanos ainda melhores! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Elas são incompletas e vivem buscando
mais. Como já tive oportunidade de dizer a uma delas, quando essa pensava em desistir: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
tu pensas em desistir todo dia é porque todo dia consegue encontrar um motivo
pra continuar. Quem não pensa em desistir é porque já desistiu e nem
percebeu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Torço
muito para que elas não desistam nunca. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
me disse recentemente uma outra perfeita da nova geração: " Sujeitos
inteiros permanente inacabados". <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Todas as três são engajadas, inteligentes,
cultas, lindas por dentro e por fora e todas as três vão seguir mudando o mundo
porque elas vão através da educação, da escuta e das mudanças sociais fazer com
que eu siga inflado de orgulho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ps:
as três são muito duras com elas as vezes. E eu queria muito que elas, citando
uma referência pra todas 3 (Fridda), pudessem ver a si mesmas como eu as
enxergo. <o:p></o:p></span></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-63347221736890201902019-03-11T14:53:00.000-07:002019-03-11T14:53:19.263-07:00Ele é Diferente...<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Quando eu comecei a dar aula para estudantes em uma escola formal (o que
significa “normal”?) eu, que sempre me interessei mais pela educação não formal
(anormal?) fiquei um pouco inseguro, criei expectativas e medos, como os que
envolvem qualquer mudança. Logo de cara me informaram que na turma do sexto ano
teria um estudante diferente. De cara eu abri um sorriso e disse que adorava “coisas
diferentes”. Mas no fundo senti que algum desafio estava por vir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Eu não sabia nem o que uma criança de sexto ano fazia. Já caminha? Fala?
Quantos anos tem esses projetos de gente? E logo no primeiro dia de aula o
conheci. Olhar atento. Movimentos rápidos. Gargalhada alta. Simpatizei com ele
de cara. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">E agora chegou a hora de se despedir. E
como faz? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Me falaram que teria que ter paciência com ele. – Mas na verdade ninguém
tinha tido tanta comigo. Demorei pra perceber a forma dele se expressar. Eu sou
lento para velocidade dele. Me disseram que deveria cuida-lo. – Mas não lembro
de alguém ter cuidado tanto de mim. Nos momentos mais difíceis ele simplesmente
sentava do meu lado. Ficávamos em silêncio. Mas era suficiente para me sentir
bem. Pediram para eu ajuda-lo com memória. – Porém ninguém foi tão eficaz com
as coisas que realmente merecem povoar nosso lembrar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Como professor, tinha que reconhecer cada avanço dele. – Só que quem
percebia cada mudança em mim era ele. Cada vez que lembro o abraço que ganhei dele
quando soube que consegui realizar meu último grande sonho, me emociono. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Eu deveria também ensiná-lo, mas por
whats app, conversas no corredor, tardes de voluntariado, eu é que aprendo
tanto com ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Ele que exercita o olhar diariamente. Tem a grandeza de ver as pequenas
coisas. Pensa sempre nos esquecidos. E ao invés de longos discursos, provas
gabaritadas, faz silenciosamente, quase escondido, a lição de humanidade que todos
deveríamos realizar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não sei como vai ser agora que ele sair
da escola. Me preocupo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Será que conseguirei seguir sozinho sem
seu olhar, atenção, cuidado, ensinamentos...?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Como vai ser ano que vem começar as
manhãs sem ouvir três vezes o meu nome antes de saber as novidades do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Quanto a ele, sei que vai se dar bem. E
fazer o bem a quem estiver a sua volta e permitir-se enxergar e ser tocado. Ele
é diferente. Realmente, diferente. Agradeço a vida ter me permitido ter
encontrado. <o:p></o:p></span></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-14680370904185167622018-08-31T16:20:00.001-07:002018-08-31T16:20:39.420-07:00Iluminismo nas eleições brasileiras<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFbfIOHHaJtuEXmiym0yfS9jzQOeRR38T85hAdVNQZoZTJZGg3P02J3RKHkltKmUZe6E2GRWg-vdgnyA_nVlqpKb1Yh-qJUuP62SAuch4C7SpJKnbVXwNMWlfUM9sZxgLc1BNS191tUOk/s1600/Screenshot_20180827-162222%257E2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1442" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFbfIOHHaJtuEXmiym0yfS9jzQOeRR38T85hAdVNQZoZTJZGg3P02J3RKHkltKmUZe6E2GRWg-vdgnyA_nVlqpKb1Yh-qJUuP62SAuch4C7SpJKnbVXwNMWlfUM9sZxgLc1BNS191tUOk/s320/Screenshot_20180827-162222%257E2.png" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A contemporaneidade inicia-se com a revolução
francesa de 1789. Ela, em resumo foi a prática de ideais iluministas como a
liberdade política e econômica, o racionalismo e a defesa por uma igualdade
social. Em uma única palavra: república. Com o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">slogan</i> de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">liberdade,
igualdade e fraternidade</i>, os franceses abolem o absolutismo monárquico e
instauram a política republicana. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa
ideia requer a divisão dos três poderes, proposta pelo filósofo Montesquieu. O
controle não estaria mais concentrado em um líder absoluto. As decisões agora
dependeriam de um processo mais complexo, democrático e plural. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Porém, quase 230 anos depois da queda da
bastilha, ainda temos dificuldade de compreender a república. Teremos eleições
em outubro e estamos todos focados estritamente nos candidatos do poder
executivo. Como se o governo dependesse unicamente do presidente e ele sozinho fosse
capaz de salvar ou afundar a nação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Reforço a importância de estarmos atentos à
disputa presidencial em um momento onde nem todos candidatos parecem primar
pela continuidade do modelo político democrático. Porém, a questão central do
texto é perceber que se não houver mudança significativa no legislativo, não há
como pensarmos em alguma transformação significativa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Deputados e senadores escolhidos nesse ano tem
a responsabilidade de elaborar e discutir as leis que guiarão a sociedade, bem
como fiscalizar o trabalho do executivo. Em centenas, estarão divididos entre o
congresso e as assembleias, ganhando salários muitas vezes não compatíveis com
seus discursos, assiduidade ou a pouca efetividade na vida do cidadão.
Possuímos o legislativo mais conservador desde a época da ditadura. E ao que
tudo indica, nessas eleições haverá a menor renovação dos últimos anos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cômodo
ou ingênuo seria pensarmos que todo o legislativo está fadado ao trabalho
incompetente e antiético; ou acreditar que o Brasil mudará somente pelo poder
executivo. Pobre do país que precisa de heróis. Em uma república precisamos
pensar e viver o coletivo. Pesquisar e acompanhar o legislativo é o primeiro
passo para vivermos um país efetivamente republicano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">ps. A fotografia dessa publicação é em homenagem ao dia dos psicólogos e psicologas que ocorreu nessa semana. O agradecimento e admiração por estas pessoas que através da escuta auxiliam na transformação.</span></div>
<br />Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-31268403146753701132018-08-13T17:47:00.002-07:002018-08-13T17:47:42.105-07:00A outra História do Mundo: Um filme agridoce. <br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG_XrcH7tJqRGJJn64wd1XGSKu_D_yln_12p02CsIpt2MiqHHlq_wVUaQM8cplxwNIll4YfO1LiyeCzAXVXI3ac7YHsyb1x8SsGFg3BIKEGuUQkgj1k6XbVNzUKOieFltBWppO4DqCgyY/s1600/Screenshot_20180812-171635%257E2%255B2145%255D.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="1054" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG_XrcH7tJqRGJJn64wd1XGSKu_D_yln_12p02CsIpt2MiqHHlq_wVUaQM8cplxwNIll4YfO1LiyeCzAXVXI3ac7YHsyb1x8SsGFg3BIKEGuUQkgj1k6XbVNzUKOieFltBWppO4DqCgyY/s320/Screenshot_20180812-171635%257E2%255B2145%255D.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Do título a fotografia, passando pelos diálogo e a história
pessoal de cada personagem, o filme merece o adjetivo de uma verdadeira obra de
arte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O longa em tom agridoce consegue a façanha de tratar de um
tema espinhoso focando na beleza que aflora da humanidade. Em uma mistura de
drama, comédia com pitadas de experimentalismo e as vezes umas tiradas mais
populares a película consegue ser na medida. Consegue trazer a inteligência
sensível de um filme cult mas sem ser chato ou cansativo. Traz o riso de uma
comédia mas sem ser bobo ou ingênuo. Consegue tratar de uma forma leve um tema
complexo sem ser simplista. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A história, em síntese se passa numa simpática cidade do
interior uruguaio. Mosquitos é um município fictício onde em plena ditadura
militar dois amigos resolvem utilizar a forma mais revolucionária de contestar:
o humor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esnal e Milo são homens de mais de 40 anos que se divertem
em um misto de intelectualidade despretensiosa e brincadeiras para excêntricas.
Ao um general se mudar para a cidade deles e no seu quadro de autoritarismo
tosco obrigar fechar os bares as 22h, a dupla se organizar para roubar os anões
de jardins do militar. (Que traz inúmeras possibilidades de
interpretação). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
De uma forma cômica e revolucionária eles colocaram o plano
em prática mas acabam sendo descobertos. Um deles é preso pelos militares e o
outro se esconde e passa a viver recluso na sua própria solidão depressiva. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com incentivo da filha de Milo, o Esnal deixa seu isolamento
e cria um plano inusitado porém óbvio para salvar o amigo. (Nesse momento temos
uma grande aula sobre a importância da educação e em especial da história). A história é um instrumento revolucionário... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cada personagem tem uma história própria e muito rica que se
intercala com uma lindíssima trilha sonora. A produção é uma parceria da Argentina, Uruguai e Brasil. A
direção brilhante é de Guilhermo Casanova. Os atores Roberto Suárez e
César Troncoso, assim como o restante do elenco fazem um trabalho sutil e
primoroso. A trama é inspirada em um romance chamado Alívio de Luto, do
uruguaio Mário Delgado Aparain. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como pano de fundo o muy amable Uruguai que representa a
identidade latina que é estampada com uma mescla de humor, luta, sorrisos e
sangue que formam um quadro que poderia ser de qualquer país do nosso
continente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Necessário e saudável para nossos tempos, recomendo com
veemência que assistam esse filme. Prometo que alcançarão diferentes emoções.
Saímos do cinema cantarolando Belchior, mais leves e dispostos a fazer da nossa
sociedade um lugar melhor. <o:p></o:p></div>
<br /><br />
<br />
<br />
<br />
Na fotografia um retrato dos amigos (Milo e Esnal) que nos convidam a pensar sobre a história, política, relações, sentimentos e emoções.Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-7173089291883670092018-07-26T17:17:00.000-07:002018-07-26T17:17:40.432-07:00Metamorfose ambulante (ou aquela velha opinião formada sobre tudo)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZfje3o87BjMJZ8fFyXG8tkocrtbWZdhIZKxBN93bvWSZDK7tkKqo-KIShYq3D5w7_CPya8JnXWLgg9e0w4g9JosGZvPSyUWJjgUlBStockNpOnWKDHcDJHIgLiQFUpRMg2eziox4lWVQ/s1600/th.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="290" data-original-width="475" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZfje3o87BjMJZ8fFyXG8tkocrtbWZdhIZKxBN93bvWSZDK7tkKqo-KIShYq3D5w7_CPya8JnXWLgg9e0w4g9JosGZvPSyUWJjgUlBStockNpOnWKDHcDJHIgLiQFUpRMg2eziox4lWVQ/s320/th.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dizer que vivemos tempos de mudanças já é chavão. E também
poder ser facilmente constatado. Mas saber isso já não é o suficiente. Se
questionar sobre essa afirmação poderia ser um ótimo começo! Vivemos mesmo
tempo de mudanças? Pra que(m)? <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A velocidade que as transformações tecnológicas vem
ocorrendo e toda a mudança que isso gera na comunicação, transporte e sociedade
é inegável. Mas será que internamente nós também estamos acompanhando esse
ritmo de transformação? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Digo porque as vezes me causa estranheza ouvir de jovens
discursos que fariam sentido no século XIX. Racismo por exemplo. Ou então ver
manifestações contrárias a diferentes orientações sexuais, como se vivêssemos
em um campo de concentração do século XX. Vejo defensores cegos do liberalismo
do XVIII e do socialismo do XIX. Tem aqueles que pedem a volta dos anos de 1960
através de uma ditadura. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas o que mais me chama atenção nesse anacronismo é a
necessidade de manter-se sempre com a mesma opinião. Como se fosse algo que
fosse minha obrigação manter, sem ouvir, ler ou pensar qualquer coisa que possa
abalar a minha pseudocerteza estabelecida por um Youtuber, tiozão/pai do
churrasco ou professor de história. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ter a velha opinião formada sobre tudo. As vezes, quando tem
dúvidas, procura logo qual caixinha pessoas com o seu perfil (direita,
esquerda, anarquista, feminista, budista ou vegetariano?) tem que estar. Como
se nós fossemos presos a rótulos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas se a gente vive na pós modernidade, talvez devêssemos
aproveitar o que ela nos traz de melhor: q permanente possibilidade de
mudanças. E se amanhã pensar diferente do que penso hoje? E se trocar meu
candidato político? Se aceitar contribuição de uma terceira teoria? Se eu
construir a minha própria interpretação de determinado movimento. Se eu trocar
de time, de cor favorita, de estilo de roupa? e se eu inclusive mudar a forma
que lido comigo? E com os outros? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Costumam dizer que ninguém vai mudar de ideia por um textao
de Facebook. Talvez devêssemos ir com menos certezas. É inútil ter certeza é a
dúvida é o preço da pureza, diz o Gessinger. E até mesmo quando estamos em uma
ilha de certeza é importante levar que estamos num mar de dúvidas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Leia coisas diferentes. Ouça o desconhecido. Olhe o
outro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mude! Mude-se. Não tem problema. Cabelo, curso da faculdade,
giria, opinião, certeza, banda favorita...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Afinal, já nos alertava o raulzito: Prefiro ser essa
metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="paragraph" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">E você? Qual a última vez que mudou? </span></div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-5437614195744490532017-09-07T07:02:00.001-07:002017-09-07T07:02:19.345-07:00Independência (de quem?)<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkuAyulpWisMXYWHUEM7VfkC7osgA-E__QBr7sUoQ9z22CP9-1ZSbCoy79iqIH0WUGlBTQb73N2oQZyva-lQjNg8h6WeGvn5vVoYr63-JMrAhjOrBXg7PKzbfmEuC8CazKVp-4u2eMROo/s1600/Atos-de-apoio-a-Rafael-Braga-sa%25CC%2583o-marcados-no-Rio-de-Janeiro-e-em-Sa%25CC%2583o-Paulo.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="885" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkuAyulpWisMXYWHUEM7VfkC7osgA-E__QBr7sUoQ9z22CP9-1ZSbCoy79iqIH0WUGlBTQb73N2oQZyva-lQjNg8h6WeGvn5vVoYr63-JMrAhjOrBXg7PKzbfmEuC8CazKVp-4u2eMROo/s320/Atos-de-apoio-a-Rafael-Braga-sa%25CC%2583o-marcados-no-Rio-de-Janeiro-e-em-Sa%25CC%2583o-Paulo.webp" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Brasil é um Estado que não é nação, dizia
Renato Russo. Mas o que isso quer dizer? Na busca de “descobrir” que país é
esse, o Renato faz uma afirmação interessante. Segundo ele, o nosso país era
sobretudo território. (Tal qual foi durante todo nosso longo período colonial).
Nação é ir além de terra. Nação é o conjunto de símbolos, cidadãos e
sentimentos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Justamente essa ideia de nação é o que devemos problematizar. O que nos
une é o sentimento de pertencimento, que é impulsionado através de símbolos,
cores, bandeiras, hinos e histórias. Mas como unir-se a história que ignora o
processo da conjuração baiana (onde escravos buscavam além da abolição da
escravatura, a independência do país), mas faz questão de eternizar o momento
em que o filho bundão do rei, diz que vai ser o novo rei do país. (Grito da
independência).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa independência já dava sinal que iriamos
esquecer a história dos humildes, trabalhadores, escravos... e iriamos
eternizar, de uma forma ‘glamourosa’ os a contecimentos de uma elite. Nossa
independência começa com um nepotismo (de pai pra filho), com uma mentira (como
no quadro que simula uma batalha, cavalos e uniformes...) enquanto de fato Dom
Pedro I se movia com mulas e estava com uma forte diarreia. Também corrupção,
já que nós tivemos que pagar uma quantia considerável para Portugal em troca da
autorização (sim, teve isso) para a nossa independência. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Após a “independência”, mantivemos a
escravidão, não tornamo-nos uma república (diferente da independência dos EUA,
Haiti, América Espanhola e etc, etc...) Brasil manteve-se como monarquia.
Ninguém votava! Nossa bandeira foi tirada do brasão da família real (que
governou o Brasil por 400 anos, dos 517). Sim, uma família (orleans e Bragança)
nos “governou” de 1500 até 1889, quando proclamamos a república. De lá pra cá
tivemos Dom Manuel, Dom João, Dom Pedro I, Dom Pedro II... Mas isso já é outra
história. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por fim, não fica aqui um pensamento de
vergonha da nossa história ou algo assim. Mas a reflexão para que
problematizemos o nosso passado, e principalmente o nosso presente. Que nos
orgulhemos de movimentos como a Conjuração baiana e, percebamos que as
personagens históricas que devem ser lembradas nesse dia somos nós. Nós, que
devemos ser não só atores, mas principalmente autores da nossa própria
história. Que possamos ter respeito e orgulho por todos e todas aquel@s que
lutaram e lutam por transformar o Brasil em um país mais justo, digno,
igualitário e fraterno. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
* Na imagem, Rafael Braga, para vermos como a história continua esquecendo alguns e lembrando outros. Negros, pobres e periféricos, continuam não tendo espaço de protagonismo...mas lutando por liberdade!</div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-13554313227188471222017-06-19T15:22:00.001-07:002017-06-19T15:22:34.165-07:00E se nada der certo, o estigma continua tatuado<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLnvCWIgz99D8JEF1JYc_9JTDXK1AS_DZXlj3ipPUJtAKVlB84sr-uM8WpsZ0RZTHfClIAa7y8ecjH4ZXSLTSyBl94oYYI5bb4C13W07PVeANpR_UrTe40tv-6VRzgx4SnrVPyi0wSUj4/s1600/2017-06-15+19.01.35.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="450" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLnvCWIgz99D8JEF1JYc_9JTDXK1AS_DZXlj3ipPUJtAKVlB84sr-uM8WpsZ0RZTHfClIAa7y8ecjH4ZXSLTSyBl94oYYI5bb4C13W07PVeANpR_UrTe40tv-6VRzgx4SnrVPyi0wSUj4/s320/2017-06-15+19.01.35.jpg" width="309" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O episódio do tatuador que marcou um adolescente, o qual supostamente
teria tentado furtar uma bicicleta nos revela uma marca profunda da nossa
sociedade. Desde os tempos do Código de Hamurabi que a frágil confusão entre
justiça e vingança se faz presente e é notada em meio a relações de poder. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Semelhante aos tempos medievais
onde o suplicio marcava uma forma de castigo onde o torturador cometia outro
crime, muitas vezes de maior gravidade, ao torturar e matar o acusado em frente
ao povo, a tortura ao jovem paulista é um caso que nos faz pensar o estágio em
que nos encontramos. Segundo familiares, o adolescente de dezessete anos que
sofreu a violência possui problemas mentais e envolvimento com drogas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas redes sociais, meios de comunicação ou rodas de conversa o tema se
faz presente e divide opiniões. Muitos compartilham e curtem o vídeo que mostra
a violência do tatuador e do pedreiro com o menino. Comentários de apoio à
atitude, de incitação à violência e ao ódio expõem a intolerância. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A descrença nas instituições
públicas, nos representantes políticos, em meio à sensação de insegurança,
reforça atitudes cada vez menos racionais. Em uma sociedade onde a velocidade
está cada vez maior e a pressa faz com que as pessoas comentem a reportagem antes
de ou julguem antes de saber do processo, corremos de ir para um caminho sem
volta. É necessário pararmos e refletirmos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Questões como revogação do
estatuto do desarmamento, redução da maioridade penal ou pena de morte são
mostras de um posicionamento onde instintos como medo e a raiva sobrepõem a
racionalidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vivemos em um momento onde a
falta de empatia, tolerância, tempo e interpretação de texto, nos fazem
reforçar estigmas e estereotipar de forma violenta todos aqueles que nos cercam
e parecem diferentes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os eventos recentes de recreios
temáticos em escolas privadas no Rio Grande do Sul vão ao encontro dessa
prática e demonstram como se nada der certo, continuaremos tatuando os
preconceitos e as desigualdades em nosso país. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
* Texto publicado no jornal Zero Hora. </div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-55925017661165972132017-04-25T13:33:00.001-07:002017-04-25T13:33:48.715-07:00Porquês, baleias e diálogo! <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY2RDNKwn1HDbwqkjW4Wyf3dHIk0TLwgteq0AfTJL0CjXkJQhQKbnOGKk7eeTemQpj0PSU2D6aXxTNZatWR631Kvg2Xqdx1GymFvpV3szZva9mintUOm3dtgz8ONPl7jQ-VLJ-Ie6p61c/s1600/caminho-liberdade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY2RDNKwn1HDbwqkjW4Wyf3dHIk0TLwgteq0AfTJL0CjXkJQhQKbnOGKk7eeTemQpj0PSU2D6aXxTNZatWR631Kvg2Xqdx1GymFvpV3szZva9mintUOm3dtgz8ONPl7jQ-VLJ-Ie6p61c/s320/caminho-liberdade.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Defendo,
desde minhas recordações mais remotas, a liberdade e o dever de discutir todos
os assuntos. Especialmente a partir da minha jornada como educador. Desta
forma, creio na educação como a principal arma para enfrentar o senso comum,
seus preconceitos e intolerância. Adotando um tom mais cientifico, intelectualizado
e sobretudo na construção de um pensamento crítico, penso que a escola é lugar
de debater todos os assuntos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Fujo dos jargões “política e religião não
se discute”. É somente a partir da reflexão e do debate que podemos avançar e
tomar decisões mais racionais, levando em conta a tolerância, o respeito e o
bem estar da população. Não discutir política só nos torna mais ignorantes e
idiotes (termo que deu origem ao idiota, mas que se referia aos gregos que não
participavam das decisões política na Grécia antiga) O tal do Analfabeto político,
de que Brecht trata. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Morte, suicídio e depressão são outros
temas que devem vencer o tabu e nos trazer reflexões, estudo e debate. Claro
que como qualquer outro tema, requer cuidados, responsabilidades e
questionamentos na condução da reflexão. Sugiro que nos afastemos dos extremos
da paranoia ou da ingenuidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Não é uma série ou um jogo (13 porquês e
baleia azul) que deve ser o foco da conversa. Equivale dizer que a culpa da
corrupção é existir dinheiro. O que devemos é entender estes aspectos como
estopins ou gotas dagua que podem nos levar ao tema central. (Por que tantos
jovens se interessam pelo jogo e pela série??) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Saliento a importância da diferenciação
nesse assunto. A série e o jogo não devem ser tratados como sinônimos ou algo
do tipo. São questões bem diferentes. Assim como tristeza e depressão. Mas a
questão central é ter sido preciso um jogo que envolve suicídio ou uma série
que aborda também o tema, para as pessoas perceberam algumas coisas. (e da pior
forma)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Muitos pais e mães apavorados pensando que
os seus filhos podem vir a se matar por assistir uma série, ler um livro ou
alguém da sua escola estar jogando algo. Mas não percebem o seu filho
diariamente. Antes de perguntar como ele está, manda email para escola querendo
saber o que a gente está fazendo para reverter o tema da morte!</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Se acompanhassem mais os filhos/filhas
perceberiam que bullying, preconceito, morte e doenças psicológicas são temas
recorrentes das atividades escolares. (fala do contexto em que estou
envolvido). “Prezada mãe, eu falo disso desde o 8 ano com seu filho. E você? “
De novo a linha do equilíbrio. Não cair na paranoia exagerada que afirma todos
estarem fazendo o jogo (o número é infinitamente menor do que as correntes de
whatsapp mostram falsamente) e a série pode e deve ser assistida pelos pais
para entender muito da realidade dos jovens. (Quem sabe está ai um motivo pra
você sair do whats/face e fazer algo com o filho/a).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Mais uma vez o equilíbrio: Ao mesmo tempo
que não devemos nos apavorar crendo que quem assiste a série vai querer se
matar ou que todos vão morrer no jogo da baleia, não devemos minimizar a doença
depressão ou a tristeza humana. Conversar é sempre o melhor caminho! Com
familiares, amigos, professores, CVV, psicólogos....<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Importante salientar por fim o quão pode
ser produtivo trocar o conceito de “culpa” (reforçado pela cultura
judaico-cristã) por responsabilidade. Não auxilia pensarmos em culpa. É no mínimo
reducionista. E sim pensarmos em responsabilidades (no plural). Tod@s nós temos
responsabilidades em nossas ações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Não foque na gota d’água mas no que fez o
copo encher para que possa transbordar com uma mera gota. Debater suicídio e a
morte é valorizar a vida. Há alguns desafios do bem, como o baleia rosa e etc.
rolando por aí. Estou criando um próprio para algumas turmas que trabalho! Mas
talvez o principal desafio seja a a aproximação, o dialogo e o conviver! Vamos
lá!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ps: Se você leu aqui e precisa de algum apoio, estamos aí!</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sugiro que faça uma lista com 13 porquês deve se manter vivo! Caminhando e compartilhando. Quais são teus motivos? inspirações? pessoas? objetivos e tudo mais que te mantém caminhando...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">CVV é o centro de valorização a vida - Atendimento emocional/psicológico e prevenção de suicidio via internet/telefone/presencial totalmente gratuito. http://www.cvv.org.br/</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-50347191657324928612017-04-18T15:31:00.000-07:002017-04-18T15:31:17.253-07:00Na educação é preciso ouvir...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7qSjz8YaXT6gZKDLKxqlV9SKKux2aD_Ck4UC4kGWeM_k5W8s_seJwfUnGq7t7kZm3k4YhdPhkAxteKBE12BA7VI1PfRmq5HcByTpx252FQ-LA4OkAlaEGo0iYN9l54dYrW-1X5hObsg/s1600/11421828_395477197309930_1377408281_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7qSjz8YaXT6gZKDLKxqlV9SKKux2aD_Ck4UC4kGWeM_k5W8s_seJwfUnGq7t7kZm3k4YhdPhkAxteKBE12BA7VI1PfRmq5HcByTpx252FQ-LA4OkAlaEGo0iYN9l54dYrW-1X5hObsg/s1600/11421828_395477197309930_1377408281_n.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vivemos tempos complicados no tocante a
educação. Desde a esfera municipal até a federal, mudanças estão sendo tomadas
sem a escuta de professores, especialistas ou estudantes. A educação é a arte
do encontro. E este pressupõe contato, dialogo e troca. Ou voltamos ao modelo
tradicional, onde somente um ordena e os demais obedecem. Ensino bancário, que
identificam períodos ditatoriais. <b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os avanços da educação nos
últimos anos estão sendo colocados de lado. Exemplos de países que
desenvolveram bastante os resultados educacionais também estão sendo ignorados.
O Brasil marcha na contramão do que se pensa ser a educação do século XXI. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Documentos construídos e
discutidos mundialmente têm sido negligenciados nas novas ordens dadas sobre a
esfera pedagógica em nosso país. A construção do conhecimento interdisciplinar,
desenvolvendo habilidades e competências, avaliação nas esferas conceituais
acadêmicas, tecnológicas, políticas e éticas tem ficado no passado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não é objetivo dissertar sobre os elementos
construtores de uma educação que a própria UNESCO pressupõe como ensino de qualidade,
mas questionar a forma que as mudanças vêm sendo tomadas. Sem ouvir os
principais personagens da história: educadores, especialistas e estudantes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Temos a ameaça do Escola Sem Partido, projeto que busca formar analfabetos políticos, sobre o pretexto de
existirem professores que doutrinam os jovens. Importante lembrar que foi o
medo do comunismo que nos encaminhou para a ditadura de Vargas (1937 – 1945) e
a ditadura militar (1964 -1985). Períodos que adotaram modelos educacionais
próximos ao que estamos caminhando novamente. Lembro ainda que essa acusação de
doutrinação não é novidade, uma vez que o filosofo Sócrates, já na antiguidade
foi condenado à morte pela mesma acusação. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além desse deplorável projeto,
assistimos as trágicas medidas de mudança no Ensino Médio propostas de cima para
baixo pelo governo federal e as conturbadas alterações ordenadas na rede
municipal. Quando vamos ouvir os educadores? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
* Na fotografia, uma frase que gosto muito. E deixa no mínimo dois grandes questionamentos: a) Não adianta um discurso bonito e faltar ações. Não adianta rezar sem mexer os pés. É preciso atitude. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E a diferença entre grafite e pixação que vai muito além do senso comum de "um é arte e outro vandalismo". Será mesmo?? Mas isso já é tema para outro texto. </div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-46749313128237516092017-03-21T13:43:00.001-07:002017-03-21T13:43:53.505-07:00Você tem Medo de que? <div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLEqDnACqXRzsii0o4xeVpjw-WxIq35xKyxfJowQyC5Ogtnk2ROeS3aOiKk9CTKLHdZPWiM8AmaqsVdGSQMrgVevocp_JmZOyP6aUr5dYmfgpgoIWrGm2NYtKzNMM0-a_KU77RorxtTB8/s1600/muro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLEqDnACqXRzsii0o4xeVpjw-WxIq35xKyxfJowQyC5Ogtnk2ROeS3aOiKk9CTKLHdZPWiM8AmaqsVdGSQMrgVevocp_JmZOyP6aUr5dYmfgpgoIWrGm2NYtKzNMM0-a_KU77RorxtTB8/s320/muro.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Talvez o medo seja o mais maléfico dos sentimentos. Ele é pai do preconceito e intolerância. Ele nos paralisa e evita a mudança. Atrasa o novo, cala a alegria, nega a harmonia em função de uma falsa paz. É terreno propício para a violência, fomenta a dor e impede que as coisas aconteçam. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Seja olhando para a história mundial ou brasileira podemos facilmente identificar o medo como principal elemento dos contextos mais horríveis da humanidade. O medo fez surgir os regimes mais ditatoriais e sanguinários. O mesmo medo fez eles persistirem no poder. O medo nos levou as nossas ditaduras brasileiras. O medo do desconhecido, do diferente... que podia ser o "comunismo", a reforma agrária, o liberalismo, a globalização... interessante que o medo nos colocou sempre numa situação pior do que ele nos avisava. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
O cuidado não é medo. Ele é necessário para uma segurança maior. Tô falando do medo que beira a paranóia, que nos afasta do racional. E isso é o que ocorre também dentro de cada um de nós. O que já deixou de fazer por medo? Tua vida é o que sobrou, do que não fez por medo? </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Medo de expressar aquela opinião? Medo do que os outros vão pensar? Medo de estar errado? Medo de não conseguir? Medo daquele relacionamento? Medo de decepcionar? E assim tu não fala, não faz, não vai, não vive. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
O medo é vencido quando se enfrenta. Vai! Perca o seu medo da chuva... </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Vejo medo entre os meus compatriotas (o que aumenta a crise, para o país, gera mais insegurança no estado e menos vida na cidade) vejo medo entre meus vizinhos (o que gera menos chimarrao na calçada, cumprimentos no corredor ou conversas no elevador) vejo medo entre meus colegas (o que gera menos inovações, mais disputa e menos harmonia), vejo medo entre meus estudantes (o que que gera pressão, ansiedade, choro e cursinho no próximo ano), vejo medo nela (o que não se gerar), vejo medo nos amigos (o que não os faz expressar), vejo medo em mim (o que me faz escrever).</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
O medo faz a gente construir os muros... em todos os sentidos! sejamos menos Trump. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-85119550575866144732017-03-01T11:36:00.000-08:002017-03-01T11:36:00.919-08:00Manchester a beira mar ou resistência, olhar para dentro, ela e estrelas. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo1-2meTtBmUPwLCgCklLIHH1LmWiFEKOSP3AhDFsYbtu3RQCwjgKE8LIXzyIrkjfRQRRoD0csQaWd2z3KPdUK1L-l5_WEYBto2g_6GFJWF6AP84UCG5RtepLgXUmm_x9NOD6y8dutp38/s1600/aaa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo1-2meTtBmUPwLCgCklLIHH1LmWiFEKOSP3AhDFsYbtu3RQCwjgKE8LIXzyIrkjfRQRRoD0csQaWd2z3KPdUK1L-l5_WEYBto2g_6GFJWF6AP84UCG5RtepLgXUmm_x9NOD6y8dutp38/s320/aaa.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Manchester a beira mar é um filme que merece ser visto. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.8px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.8px;"> Não digo pela repercussão que teve enquanto indicado ao oscar, mas pela repercussão que ele pode ter dentro de você. Cada vez mais distancio o oscar do cinema. Enquanto o segundo merece todo meu respeito o primeiro só se mostra uma indústria brega fechada nela mesma. Sem dúvida que ele da uma visibilidade maior para bons filmes e ainda faz com que possamos ver atrizes espetaculares junto com caras vestidos todos iguais. (E eu juro que isso me incomoda hehe. Sou muito mais de uma Emma Stone ou Jennifer aiston de vestidinho, saia hippie ou calça jeans do que com aquelas produções toda. Da mesma forma que não entendo por que os homens têm que se vestir todos iguais pra essas festas formais. Coisa sem graça). Mas convenhamos que as mulheres se vestem do jeito que quiserem. E que eu não devo ter moral nenhuma pra falar de roupas. Então, voltamos...</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Manchester é um filme tenso. triste.Carregado. Pesado. E ele é assim ao longo das quase duas horas. Não há um momento de tristeza mas é aquele tom (o melhor do filme) que vai nos transportando para um clima de vida que parece mais de rua do que de tela. A simplicidade de pequenas coisas que nos mostram a grandeza de se levar a vida complexa que cada um de nós carrega. Um filme que nos faz pensar sobre o que cada um carrega dentro de si. As amarguras e as delícias. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
A história nos faz entender que a vida é mais uma prova de resistência do que de velocidade. <span style="font-size: 12.8px;">Também dá pra refletir sobre o tempo de cada um. O tempo é soberano. Ele é juiz. Mas é claro que podemos advogar a nosso favor. Pena que muit@s não tentam. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Traz ainda a questão de culpa. A qual prefiro utilizar conceito de responsabilidades. E dividir com outras pessoas, causas, oportunidades, sortes e acasos. Não creio na física de causa e efeito. Tão pouco na religião de causa e efeito. Pra mim, tudo é mais complexo e processo. Muito mais plural que singular. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Por fim, da pra pensar sobre a valorização. O encontrar a tua âncora mas também o teu vento. O que te faz andar. Respeitar a vida e teus sentimentos. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
E se no meio de tantas estrelas ele só enxerga a que não brilha por ele? </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Olha pra dentro, olha para os lados... El@s sempre estarão ali.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
A partir de agora a responsabilidade não é mais sua. </div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-16450869087583395362017-01-29T06:09:00.000-08:002017-01-29T06:09:27.566-08:00La la land: entre sonhos e realidades. <div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsFTcDOg24TSpNTvQ4kIy9oMp1bhovH-dbV0lksIvPhBYOEDFO-sWdAHB-OZttf3aOict90j20hMOSvdeZc4QZBjFBlOiL6ev82qk_Tn3GUqE42HmHPI5ECN2oBMqD3Xip8afYX6vXwf4/s1600/lalaland.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsFTcDOg24TSpNTvQ4kIy9oMp1bhovH-dbV0lksIvPhBYOEDFO-sWdAHB-OZttf3aOict90j20hMOSvdeZc4QZBjFBlOiL6ev82qk_Tn3GUqE42HmHPI5ECN2oBMqD3Xip8afYX6vXwf4/s320/lalaland.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> La la land é um filme superestimado.
Não digo isso por não ser o maior fã de musicais, mas por não acreditar que
seja digno de tantas indicações ao Oscar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
Mesmo não sendo o maior admirador dos filmes que são contemplados com
essa premiação, fiquei um pouco decepcionado com esse longa. Mas já adianto que
o culpado não foi o filme!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
A questão não é o filme ser ruim. (Quem seria eu para classificar
universalmente algo como Bom ou ruim). Mas a expectativa, como de costume,
atrapalhou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
Tem um roteiro quase óbvio, até o final, que surpreende e traz o ponto
alto do filme. A fotografia é excelente e ela traz uma cor realmente
interessante. A atuação do Ryan Gosling é sensacional. A Emma Stone também está
lá, com toda aquela sua beleza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
Destaco ainda a forma que o musical aborda o jazz. Traz uma visão
poética e uma refrescância sobre esse gênero tão importante pra música e
sociedade. As músicas que são interpretadas e a paixão com que o ritmo é
abordado, realmente contagia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
Mas a grande tônica é a relação de sonho e realidade. Isso o filme faz
muito bem. Correr atrás dos sonhos ou viver a sua própria realidade? E há
como misturar os dois caminhos? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
Entre expectativas, decepções, música marcante, passinhos marcados
e surpresas, o filme merece ser assistido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E fica a reflexão: sonhamos para
poder suportar a realidade? Os sonhos deixam a realidade mais
decepcionante? Deveríamos sonhar mais? Se contentar mais com a realidade?
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
De novo trago o Epicuro e o “quanto menos desejos, mas fácil a
felicidade” e o Pessoa “Não sou nada, mas guardo em mim todos os sonhos do
mundo”. Não necessariamente precisamos contrapô-los. E talvez essa medida do equilíbrio
seja o melhor do La La Land! Vamos
sonhar uma nova realidade” Pés nos chãos mas cabeça nas nuvens. <o:p></o:p></span></div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-42905961917182137262017-01-23T04:17:00.001-08:002017-01-23T04:17:51.628-08:00APAC: uma ilha de possibilidades. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Oi8-CdDXj2oK2ijRnY2CE_IQeaFfhuPPOn_0I41yYAQPSzCDTgPUo-v64NUxDo7tngWCt2ZoFoBHs8c8bRXnno4tN1HfG9-azV1HE9xm2K4GMJTNN19g0rlGk26mvo6XN_cRPQZKpdw/s1600/20150420_133904.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Oi8-CdDXj2oK2ijRnY2CE_IQeaFfhuPPOn_0I41yYAQPSzCDTgPUo-v64NUxDo7tngWCt2ZoFoBHs8c8bRXnno4tN1HfG9-azV1HE9xm2K4GMJTNN19g0rlGk26mvo6XN_cRPQZKpdw/s320/20150420_133904.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> As tragédias ocorridas em Manaus e
Roraima com a população carcerária, longe de ser um acidente, apenas escancaram
ainda mais o caos que se encontra o sistema carcerário brasileiro. Um longo
processo de ineficiência, abandono, desrespeito aos direitos humanos. As
instituições prisionais já foram classificadas pela ONU e principais jornais do
mundo como medievais. Não bastando esses recados, o país, ouvindo muitas vezes
a parcela da mídia mais sensacionalista, população desinformada e indignada, e
políticos que se aproveitam dessa situação, aumentou o número de prisões em mais
de 200% nos últimos 10 anos. Estamos entre as maiores populações carcerárias do
mundo. E somos a que mais cresce, atualmente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Brasil prende muito. Mas prende
mal. Como disse o ministro da justiça. Nossa população carcerária é composta
por um perfil claramente definido. 68% não possui ensino fundamental completo e
56% tem menos de 30 anos de idade. Entre os pobres, pretos da periferia, vemos
é uma reprodução das desigualdades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> As taxas de reincidência, embora careçam de um
maior controle nos dados, como todos no que se refere a população de detentos
no Brasil, giram em torno de 70%. Todos dados utilizados aqui podem ser
acessados são fornecidos pelo Ministério da Justiça através do INFOPEN. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Não é de se surpreender quando se conhece
as péssimas condições a que são submetidos os presos. Não estamos falando em
luxo, mas em ter condições báscas para que o objetivo de ressocialização seja
atendido. Caso contrário, os detentos regressam para a sociedade. Muito piores.
Tento que se filiar a facções dentro do presídio e manter esse compromisso após
a sua saída para manter-se a salvo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Em meio a esse mar de desesperança eis que
temos uma ilha de possibilidade. Não que seja a solução, mas é uma excelente
estratégia de transformação. E vem mostrando ótimos resultados: APAC. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Surgida nos anos 1970 e reconhecida
mundialmente a proposta ainda é pouco conhecida no Brasil. Criado por Mario
Ottoboni, representante da pastoral carcerária, o método consiste na aplicação
de doze passos: 1)participação da comunidade; 2) recuperando ajudando
recuperando; 3) trabalho; 4) religião; 5) assistência jurídica; 6) assistência
à saúde; 7) valorização humana; 8) a família; 9) o voluntário e sua formação;
10) Centro de Reintegração Social – CRS (O CRS possui três pavilhões destinados
ao regime fechado, semi-aberto e aberto); 11) mérito do recuperando; 12) a
Jornada de Libertação com Cristo.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Enquanto
os dados mostram um grau de reincidência de pelo menos 70% dos presos do
sistema carcerário comum, nas APAC esse número cai para 10%. Para atingir essa
ressocialização de 90% o modelo não utiliza policiais, armas ou qualquer tipo
de violência. Os próprios presos, que lá são chamados de recuperandos, mantém
todo o processo de limpeza, cuidados, alimentação e etc. É obrigatório o
trabalho e estudo, o que compõe uma rígida rotina da manhã até a noite. Os
apenados recebem ajuda dos voluntários que contribuem com atendimentos
psicológicos, religiosos, esportivos e profissionais. Todo esse processo faz
com que o custo de manter um condenado caia pela metade comparado ao sistema
comum. Já há APACS espalhadas por várias cidades brasileiras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Estamos
em fase de implementação da primeira no estado do Rio Grande do Sul, que irá
ser na cidade de Canoas. Que vençamos o senso comum e jargões de ‘bandido bom é
bandido morto’ ou ‘leva pra casa” e pensemos em soluções dentro da lei. Afinal,
como diz a constituição, segurança pública é obrigação do estado mas dever do
cidadão. Vamos contruir mais APACS? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR;">ps: Na foto, um corredor da APAC Barracão. (Local onde fiquei uma semana no regime fechado. E voltei transformado.). APAC não é a utopia, mas nos faz caminhar. </span></div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-58127163179784627202017-01-11T04:27:00.001-08:002017-01-11T04:27:26.838-08:002016...7<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaKyoLX_kFWSISo_KeBDRBrLAoM-DyBNRHQzwjstGluAUM_JgfzIOF4P_Tu8RMX8Ov6DNN3tsgGpD25m13KScsRMn_jp37yevPMiCMzCxxmoYuQznhDzmqt61dWOe-C4Yi7i0zjhX7HPc/s1600/2016-11-10t180104z_1321981664_ht1ecba1e1d99_rtrmadp_3_usa-election-obama-trump.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaKyoLX_kFWSISo_KeBDRBrLAoM-DyBNRHQzwjstGluAUM_JgfzIOF4P_Tu8RMX8Ov6DNN3tsgGpD25m13KScsRMn_jp37yevPMiCMzCxxmoYuQznhDzmqt61dWOe-C4Yi7i0zjhX7HPc/s320/2016-11-10t180104z_1321981664_ht1ecba1e1d99_rtrmadp_3_usa-election-obama-trump.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
E não é que 2016 terminou? </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Dizem que o que é bom dura pouco. Prefiro pensar que os melhores momentos moram com a gente pra sempre. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
De toda a forma,não restam dúvidas que 2016 foi um ano marcante. Não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Infelizmente o que mais chamou atenção foram aspectos negativos. Como de costume, nós e a mídia, valorizamos muito mais os aspectos menos felizes. (A única alegria da ovelha é ver a ovelha do lado ser morta pelo lobo? Vale a reflexão). </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Mas enfim, assim como 1968, penso que 2016 também entrará para a história como um ano emblemático. Diferente do auge da guerra fria, endurecimento da ditadura no Brasil e América latina, movimentos de contestação e contra cultura na América e na Europa, tivemos outros momentos, mas também foram de utopias e barbáries. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Aliás, muito do que as revoluções da época lutaram continua em jogo. Voltaram também algumas barbáries do século passado que acreditávamos não ter mais espaço. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Ao invés de detalhar os aspectos como uma retrospectiva, prefiro pensar em 2017 já. Afinal, como historiador, enxergo melhor pelo retrovisor. Ainda estamos tentando entender 2016. Nada melhor que o tempo, para curar, doer, lembrar ou esquecer. Sem dúvida ajuda a entender. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Esquecer talvez seja o melhor. Não com um tom trágico. Melancólico. Mas no sentido de arejar, mudar, sacudir e transformar. Black Mirror traz a medida adequada dessa reflexão no episódio do chip memória. De forma tão brilhante quanto Jorge Luis Borges, em seu conto, Funnes, el memorioso. Não conseguir esquecer é parar de pensar. E de sentir. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Só espero que a troca do ano não seja uma mudança de Obama por Trump...</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Afinal, 2017 chega tragicamente em praticamente todo o mundo. Precisamos aprender que não adianta mudar o ano se continuarmos iguais. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Concordo com Drummond. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Que esqueçamos nossos nós de 2016 (não no sentido de ignorar) mas no de transformar. E que venha 2017 e novos "nós". </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
PS: Na imagem uma triste relação com a passagem de ano e a morte de um dos maiores intelectuais do nosso tempo. Nos deixa o pensador pós-moderno Zygmunt Bauman. Ele que nos trouxe a sociedade líquida e toda sua complexidade. Como historiador, não me surpreenderia se a época em que vivemos passe a ser chamada nos livros didáticos do futuro de "idade líquida". </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
(Espero que a pós-modernidade de Obama não seja esquecida perante medievalismo de Trump). </div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4153011642468399506.post-12305930578645660792016-11-07T14:10:00.001-08:002016-11-07T14:11:59.637-08:00O silêncio do amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif;">Eu não consigo elogiar as pessoas que eu mais amo. </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif;">Tá certo que eu tenho uma certa dificuldade com o termo. Talvez nunca tenha de fato entendido aquela aula da terceira série quando a professora explicou a diferença entre coisas concretas x coisas abstratas. Ela deu exemplo da pedra. Foi fácil. Chutava várias, colecionava outras tantas. Podia tocar, senti-la, quebra-la admirá-la. Mas pro abstrato usou amor. Nunca compreendi bem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small;"> </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif;">Duvidei, questionei, perdi horas do dia e noites em claro pensando sobre. Ainda tenho muitas dúvidas. Mas confesso que o abstrato, talvez pelas dúvidas, me encanta mais. Entre os mistérios e encantamentos, sigo tentando entender. </span></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sou de distribuir "eu te amo" por aí. Guardo, como algo precioso, diferente do que as propagandas ou livros de auto ajuda pedem. Desobedeço. Já passei por várias situações constrangedoras de ouvir um "eu te amo" e não me enganar dizendo um "eu também".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não quero entender isso como falta de amor. Entendo como um respeito absurdo a esse sentimento. Distribuo elogios na medida que meu rigor permite. Elogiar é fundamental, com o cuidado que eles sejam significativos. Não vejo como mecânico ou matemático, mas a magia da vida se encarrega de exercitar meu olhar e enxergar sempre muita coisa para elogiar.(falei sobre isso nos textos anteriores).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Recebo tantos elogios a mais do que merecia que cuido para não menospreza-los ou me enganar. Mas os que mais gosto são os inesperados, em forma de atitudes. Costumo dizer que não me peçam elogios, arranque-os de mim. Também não me elogie de volta ao eu te elogiar. Nada que me pareça mecânico, por favor!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas confesso que estou até agora só enrolando e não escrevi sobre o que queria. Me propus a um ato de coragem. Confesso: Não consigo elogiar as pessoas que mais amo. Não lembro de ter ouvido alguma vez meu pai ter me dito um "eu te amo". E estou longe de pensar que ele não me ama. Inclusive além de admirar, aprendi e muitas vezes reproduzo o seu comportamento de dizer eu te amo através de atitudes. (ao menos é assim que o interpreto). Minha mãe também nunca foi muito dada aos "eu te amo". Em relações as atitudes não posso nem falar. As vezes chata e melosa de tanto "eu te amo" em atitudes :)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas hoje, reconheço ter herdado muito isso de expressar o amor através das ações, tanto quanto a admiração por esse comportamento. Mas também desenvolvi a vontade e reconhecimento da importância de completar essas atitudes com a boa e velha explicitação "eu te amo".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho percebido que às vezes o amor também precisa ser explicado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tô exercitando. Pai, mãe, Júlia, eu amo vocês, muito. Nunca falei. Vocês provavelmente não lerão isso. Mas eu to treinando. Falo para todos de vocês, conto histórias e explico os motivos do amor. Mas para vocês, não.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amo umas outras pessoa aí. Mas vamos por parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por hora, já disse sobre orgulho. Sobre ficar nervoso ou não conseguir expressar direito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certa vez uma pessoa que me conhecia muito me perguntou "Ralph, o que é o amor?" Ele reforçou "Não quero que tu filosofe, nem cante, nem fale através de poemas ou algo do tipo". Parei. E prontamente falei para meu analista - Amar é gostar de estar com a pessoa. E conseguir ficar com ela em silêncio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca esqueci! Faz anos. Peno igual ainda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se eu fico em silêncio do teu lado. E gosto. Eu te amo. (mas não me pergunte.)</div>
<div>
<br /></div>
</div>
Ralph Schibelbeinhttp://www.blogger.com/profile/17587268313094216017noreply@blogger.com0