Eis que semana passada marcou os 243 anos da leal e valorosa!
Volta e meia eu penso de cidades que moraria. Porto Alegre figura entre elas,
sempre. Não por nascença, mas por paixão.
Cidade sentimental, sem nada que se possa encantar somente
com um único sentido. (diferentemente do
Rio, Florianópolis, Santiago, São Paulo, Miami, Cidade do Panamá, Buenos
Aires...) e outras cidades que tive a impressão de gritarem suas belezas. Em
Porto Alegre parece que é dito baixinho, quase em segredo, em tom agridoce de
domingo.
É como se a cidade ao invés de se mostrar, se escondesse, se
deixasse perceber aos poucos, numa forma tímida e introspectiva. Poa é cheiro
de rock and roll, cores de milonga, gosto de pôr do sol. Pra mim, a capital é
ruas quase vazias, praças da igualdade e shoppings de cinemas e livrarias da
zona norte. É a longe zona sul e suas desconhecidas águas, paisagem meio praia
meio campo. É a cidade baixa e seus sons, luzes, sonhos e goles. É o centro,
cheiro, alma e vida acontecendo.
Hoje por motivo de um compromisso próximo a redenção, me dei
o presente de passeio demorado e atento pelo parque e ruas da cidade baixa.
Detalhes da zona norte, terminal triângulo. Um tour pelo “turístico” T7.
Porto Alegre está de aniversário e quem ganha o presente é
você! Tipo comercial de supermercado. Mas penso ser um duplo presente, bem ao
slogan da prefeitura “quem curte cuida”. Curta e cuide Porto Alegre!
Ônibus turístico, já fez o passeio? Viva o centro a pé, conhece a proposta? Pôr
do sol no Gasometro? Passeio de barco pelo rio/lago/estuário mais polêmico e
amado dos porto-alegrendes? Visitar alguma ilha? Os morros? O extremo sul?
Museus, teatros, monumentos e parte histórica? Restaurantes, praças e parques?
Que tal comemorar o aniversário do Porto dos Casais?
Há poucas semanas em um trabalho de pesquisa sobre o centro
da cidade, encontrei e entrevistei o Olívio Dutra (ícone da cidade) e ao
perguntar a exatamente “Olívio, tens um minutinho para falar uma palavrinha
sobre Porto Alegre” ele para, respira e ao estufar o peito diz “Pois desde a
vinda dos casais açorianos....” Aí já da pra imaginar o quanto ele falou e o
quanto temos pra falar de Poa!
Pra terminar:
Pelo fim do muro da Mauá!
(Não serve pra nada e esconde o Guaíba do povo)
Pela renovação da
feira do livro (evento significativo de Porto Alegre mas que merece inovações).
Pelo transporte público de qualidade e mobilidade urbana.
Link sobre uma ideia bacana de músicas para cada canto da cidade!
https://www.google.com/maps/ms?msid=204100075941520427557.0004f8d454560cb92c04a&msa=0&dg=feature
Vale procurar as lendas urbanas da cidade e visitar seus
cartões postais! Vale ler o dicionário de Porto Alegres do Fischer, Vale
assistir ao Coisas que Porto Alegre fala... Vale viver e dar vida a Porto
Alegre!
* No vídeo, Bebeto Alves (além de tudo, pai da Mel Lisboa) em uma baita canção que me faz pensar Porto Alegre.