Por mais lugar comum que seja, gosto da ideia de pensar
nossos olhos como a janela que usamos para ver o mundo. Enxergamos e entendemos
o mundo através da nossa educação, cultura e moral.
Tenho uma grande simpatia pela frase do Gabriel, o pensador,
a qual diz que “a mudança do mundo começa com a mudança da gente e a mudança da
gente começa pela mudança da mente”. Poeticamente poderíamos ainda dizer que a
mudança da mente se inicia pela mudança do olhar!
Mas como mudar o olhar?
Dizem que precisamos conhecer e procurar no mundo todo para
depois perceber que encontramos e precisamos mesmo é do que está em casa. Diria
que talvez olhar diferentes lugares, sensações e pessoas é que nos faz olharmos de outra maneira o que está
tão próximo.
O olhar é mágico. Os olhos sempre me chamaram atenção. Um
misto de excitação, medo e fascínio. Mais que os olhos, os olhares. O brilho do
olhar entrega o que é uma pessoa.
Mas podemos treinar o olhar. Muitas vezes olhamos, mas não
vemos. Passamos corrido, sem dar a devida importância. O essencial é invisível
aos olhos? Ou é preciso mudar o olhar?
Se for preciso mudar sempre para continuar a ser o mesmo,
talvez seja preciso mudar sempre o olhar para ver mais longe. Li esses dias que as gerações mais novas
estão desenvolvendo uma melhor visão para perto, em virtude da vida atual onde
lemos muito em notes, tablets e celulares sempre colados ao rosto e com letras
pequenas. Porém o mesmo estudo aponta que essas gerações estão tendo dificuldade
de enxergar longe... É, ótima metáfora para pensarmos! Facilidade para ver
próximo mas não o próximo. Dificuldade para ver ao longe.
Desafie-se a olhar com outros olhos o que vê todo dia, mas
não enxerga. Isso me lembra de Amelie
Poulain. Entre na brincadeira.
Desde um passeio como turista pelo centro de sua cidade,
passando por aqueles cantos de sua casa, até aquelas pessoas pelas quais passa
diariamente sem saber se quer o nome. Olhe, enxergue, veja!
· * A fotografia foi tirada no Museu Júlio de
Castilhos/POA esse ano quando busquei ter um olhar de turista em minha própria
cidade. Na foto a motocicleta do José Ferreira da Silva (mensageiro da amizade).
Gaúcho que no final dos anos 1960 deu uma de Che (diário de motocicleta) e
resolveu viajar o mundo de lambreta. Uma viagem pode fazer você mudar o olhar!
Saudade de alguém que me faça pensar assim! Saudades de ti, Ralph! Obrigada por ser o março que foi na minha vida!
ResponderExcluirSaudade de alguém que me faça pensar assim! Saudades de ti, Ralph! Obrigada por ser o março que foi na minha vida!
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