quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

O tempo de cada pessoa.







Somos filhos do tempo e portanto não existimos sem ele. Somos frutos do nosso próprio tempo e por ele somos moldados. Ele nos atravessa e decide nossa existência e finitude. Ao nascermos inicia nossa contagem regressiva. 

Mas para além dos significados mitológicos, científicos, físicos ou históricos do tempo, hoje minha reflexão se isola na relação de que dura cada pessoa em nossa vida. 

Algumas possuem passagem rápida, quase uma estrela cadente, que nos causa surpresa, entusiasmo mas logo viram passado. A essas recomendo fazer um pedido. (Só não vale pedir para que se demorem, pois o tempo é implacável). Tem vezes que essas pessoas em um pequeno espaço de tempo impactam tanto que podem ser apelidadas de meteoro.

Há também aquelas que duram o tempo de uma paixão. São passagens breves mas muito intensas. Deixam marcas, que por vezes viram cicatrizes. Costumam sair da mesma forma que chegam, abruptamente. 

 Tem ainda aquelas pessoas duradouras. Que chamo de o tempo de amar. Vão lentamente construindo a intimidade, o cuidado e o carinho em doses quase homeopáticas e que nos acompanham por boa parte da vida. Essas são como tatuagens que ficam gravadas na pele. Não se apaga. 

Por fim, há uma última categoria. E essa vence a barreira do tempo. Ela é o tipo mas raro. Ela é atemporal e vive dentro de nós. A chama dela não se apaga. Ela é o que chamamos de imortal. Dificilmente encontrará muitas dessas. Cuide para ter o máximo de tempo com ela. Viva e aproveite o tempo de cada pessoa. Que não seja imortal mas infinito enquanto dure. 

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