Em pleno século XXI temos a oportunidade de nos identificarmos com uma das obras literárias mais conhecidas do mundo: Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes. O autor renascentista criou um personagem que delirante, enfrentava os inofensivos moinhos de vento como se fossem terríveis inimigos.
Atualmente o governo brasileiro decretou como ameaças ao país: Paulo Freire, rock, Beatles, ideologia de gênero. Em comum esses inimigos possuem a inexistência ou a irrealidade. Enquanto isso temas como a violência policial, o desemprego, o racismo ou crescente número de feminicidio passam em silêncio.
Num país onde o governo terraplanista nega o racismo e ataca as ONGs, ambientalistas e defensores dos direitos humanos, o elogio a ignorância parece ocupar o espaço da razão. Precisamos de um novo renascimento. Que venham os artistas que como Cervantes, trouxeram luz, ciência e humanismo. Afinal, estamos vivendo uma nova idade das trevas.
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