Sempre fui de seguir as novidades... Anos depois que elas
não representassem mais o novo.
Considero-me amigo do tempo. Dedico-me a estudar sua relação
com a gente.
Respeito o tempo. Chegou o tempo de eu ter um blog.
A melhor definição de um blog que já li, vi ouvi e senti foi
“é como uma garrafa que se joga no oceano com alguma carta dentro”. Alguém
talvez leia. Mas o que importa? Não cito o autor porque como de costume,
misturo, já não sei quem foi. Amo misturar. Nesse caso, um tropicalista
praticamente. Já me disseram que eu explico muito bem. Mas guardo todas as
vezes que dizem que confundo muito bem. Prefiro a segunda, e como o Vargas,
prefiro ser interpretado a explicado.
Mas sem mais delongas e de forma mais prática, vamos lá! O
que vai ser esse blog? Para que(m) esse blog e por que utopia?
Começo pelo fim, diferentemente do Raul Seixas.
Utopia é uma das palavras mais belas no meu mundo. Gosto das
palavras, acho que elas realmente constroem a realidade, sinto o poder que elas
carregam e gosto de estar com elas.
Etimologicamente utopia significa lugar nenhum. É uma
palavra que vem do grego. E o que não vem deles? (Mas e o que eles não copiaram
do oriente? Na escola sempre a visão eurocêntrica....) É, eu falo abrindo mil
parênteses, sempre que estou sozinho. Alias agora não falo mais abrir
parênteses, abro hiperlinks. Enfim, mais que o significado etimológico ou do
senso comum que usamos como algo próximo a sonho, que será difícil ou
impossível de realizar... utopia para o Ralph é todo dia.
Eu vivo mergulhado em utopias, corro o perigo de nadar
contra toda a maré, mas se me afogar, que seja assim.
Enfim, não respondi no fim nenhuma das perguntas? Melhor
assim. Prefiro perguntar do que responder. As perguntas movem o mundo e
provavelmente moverão o meu blog.
A que está na minha cabeça agora é por que um blog?
Mas enquanto isso, utopia também é um livro. Thomas Morus
escreveu como seria uma ilha perfeita. Esse cara escreveu no século XVI o que
seria a sociedade perfeita para ele. E neste breve livro aparecem conceitos
como divórcio, eutanásia, consumismo.... ou estou misturando. Leia ele! E
misture. Alguém dizia que se tu leres 5 livros em um mês, grande bosta. Mas se
tu leres somente um, e com esse um, estabelecer conexões, trocar ideias,
compartilhar e discutir com o autor em pensamento, tu fez um grande
proveito.
Isso de imaginar as coisas ainda nos levará longe. Alguém
deve ter dito isso também.
Aquele papo do Descartes de penso logo existo, faz todo
sentido. O que temos que não foi pensado antes? Pensei em ter esse blog.
Agora, pra finalizar o texto de hoje, queria dizer que
propus aos meus estudantes criarem uma sociedade perfeita. A partir das
sociedades antigas que estudamos (Egito, Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios....)
Esse pessoal que lembramos da escola e que achamos que não serve pra nada. E
por parte disso, não entendemos as guerras que o jornal nacional conta do
oriente médio.
Enfim, li os textos e ouvi as apresentações. Várias emoções
diferentes me vieram. (disfarcei quando
as lágrimas quase transbordaram). Enfim, por hoje, pensar, sonhar, escrever e
mais adiante, fazer.
Não vou escrever sobre como seria minha utopia. Deixo minha
pergunta: Em tempos de campanhas eleitorais, onde cada candidato comenta sobre
suas utopias (que a primeira vista parecem todas iguais e sem graça), como
seria sua utopia?
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