Semana passada completou 25 anos da queda do muro de Berlim!
Há 25 anos a Alemanha estava novamente unida, ao menos
teoricamente.
Caiu junto com o muro a guerra fria que desde o final da segunda
guerra mundial dividia o mundo em ideologias divergentes. EUA e seu modelo de
vida capitalista onde se vende a ideia de que há liberdade, mas se é escravo do
dinheiro X URSS e seu modelo socialista onde se doa a ideia de igualdade, mas
se é escravo do estado.
Embora tenha dado um tom crítico, de fato é importante refletir
sobre os dois modelos para, diferentemente da cegueira contemporânea, pescar
aspectos positivos de ambas as ideologias. Com o triunfo do capitalismo e a
globalização se aprofundando e acelerando a comunicação entre os países,
considero a queda do muro o marco inicial para o inicio da era pós-moderna.
Não, a pós-moderna não vem depois da moderna (1453 – 1789) e
sim depois da contemporânea. Período que ainda é tema de discussão acalorada
nos meios intelectuais. Desde Lyotard e a pós-modernidade e Bauman e a
modernidade líquida.
De fato penso que este novo período é marcado pela descrença
nos macro discursos, nas grandes ideologias. Uma era de aceleração na
tecnologia da informação, em excesso, por sinal, de velocidade na comunicação,
falha muitas vezes, e nas micro-revoluções.
Sou simpático a esse período. Sou um crítico otimista. Penso
que as coisas estão piorando cada vez menos.
Percebo uma ampliação dos direitos de cidadania, um debate
maior de preconceitos, uma maior participação das pessoas nos processos, uma
valorização da educação, diferença e da sustentabilidade.Sim, estamos
engatinhando em tudo isso... mas agora se fala sobre isso!
Mas talvez fosse interessante batalharmos para derrubar
outros muros. Não mais os muros das ideologias. O muro que está entre as
pessoas atualmente.Entre psdb e pt, entre gremistas e colorados, entre
professores e estudantes, entre colegas de trabalho, entre amigos de facebook,
entre pedestre e motorista, entre hetero e homo, entre homem e mulher, entre
negro e branco, entre rico e pobre, entre nordeste e sul...
Esse clima de raiva tem me cansado um pouco. Vale só a
ressalva que esse contexto de “caos” é o que marca um momento propicio para
grandes “ditaduras contemporâneas”. Desde o nazismo, passando pela ditadura do
estado novo ou militar de 1964.
As pessoas procuram discursos fortes para se defenderem
nessas épocas de ânimos acirrados. Atualmente, lembre-se do estado islâmico. Mas lembre-se que a
única coisa que nós sabemos sobre ele é o que nossa visão ocidental nos deixa
saber... (mas na pós-modernidade não tinham terminado os mega discursos? É o
ocidente e o oriente, cada um no seu ritmo, ainda).
p.s: na foto o meu pedaço do muro J
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