Somos filhos do tempo e portanto não existimos sem ele.
Somos frutos do nosso próprio tempo e por ele somos moldados. Ele nos atravessa
e decide nossa existência e finitude. Ao nascermos inicia nossa contagem
regressiva.
Mas para além dos significados mitológicos, científicos, físicos ou
históricos do tempo, hoje minha reflexão se isola na relação de que dura cada
pessoa em nossa vida.
Algumas possuem passagem rápida, quase uma estrela cadente,
que nos causa surpresa, entusiasmo mas logo viram passado. A essas recomendo
fazer um pedido. (Só não vale pedir para que se demorem, pois o tempo é
implacável). Tem vezes que essas pessoas em um pequeno espaço de tempo impactam
tanto que podem ser apelidadas de meteoro.
Há também aquelas que duram o tempo de uma paixão. São
passagens breves mas muito intensas. Deixam marcas, que por vezes viram
cicatrizes. Costumam sair da mesma forma que chegam, abruptamente.
Tem
ainda aquelas pessoas duradouras. Que chamo de o tempo de amar. Vão lentamente
construindo a intimidade, o cuidado e o carinho em doses quase homeopáticas e
que nos acompanham por boa parte da vida. Essas são como tatuagens que ficam
gravadas na pele. Não se apaga.
Por fim, há uma última categoria. E essa vence
a barreira do tempo. Ela é o tipo mas raro. Ela é atemporal e vive dentro de
nós. A chama dela não se apaga. Ela é o que chamamos de imortal. Dificilmente
encontrará muitas dessas. Cuide para ter o máximo de tempo com ela. Viva e
aproveite o tempo de cada pessoa. Que não seja imortal mas infinito enquanto
dure.
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