Necessidade é uma palavra
forte. Penso não ser daquelas que devem ser
espalhadas por aí. Deve ser pensada antes de se utilizada. Caso contrário, seu
significado pode se desvalorizar.
Necessidade me faz
pensar em instinto, no mais básico do homem. Homem-bicho, homem enquanto um
animal. Sobrevivência.
Para além de toda a
simbologia do que nos é de fato necessário; além da famosa pirâmide de Maslow,
tão querida pelo pessoal da psicologia, fico apenas me questionando o que é
necessário, de fato?
Muitos afirmam que
vivemos tempos de excessos. Outros tantos dizem que estamos é com muitas
faltas. Seria um momento de escassez do essencial? E excesso do supérfluo?
Vamos misturar um pouco
e tentar chegar a um equilíbrio?
Redes sociais e as
demais maravilhas trazidas com cada vez mais facilidade graças ao avanço
tecnológico da internet me fazem refletir sobre novas necessidades. E temos
novas necessidades? Sim, (Criamos) novas necessidades. Mas quanto mais tempo
vivemos sem algo, menos necessária ela é, certo?
Para além da
alimentação, questões fisiológicas, ar e etc, o contato humano é fundamental.
Dele desenvolvemos através da educação, nossa
cultura e a sobrevivência da sociedade humana.
E a internet? (especialmente
as redes sociais) que é o que cada vez mais ela se tornou. Seria apenas um meio
de facilitar o alcance de nossas necessidades? Seria uma ferramenta que aumenta
nossas necessidades? É o elemento que proporcionou a mudança de necessidades?
O quão necessário ela
é? Faça o teste!
Longe de pensarmos em
termos de vilã ou de mocinha. Quero tão somente refletir sobre nossa relação
com ela. Até que ponto nós interferimos
nela e ela interfere em nós. Somos os mesmos on e off ?
Quem nos ensina a viver
em sociedade, desde nossa formação são geralmente nossos pais, nossos
professores e de lá pra cá, já temos nossa base cultural. Claro que temos todos
os exemplos (que é o que mais ensina) de todos que nos circulam, direta ou
indiretamente.
Assim, desde a pré-história,
fomos nos tornando mais racionais e com uma rede mais complexa de cultura. (vão
aumentando as necessidades? Isso que é o tal do desenvolvimento?).
Mas pra nossa vida
virtual? Qual nossa cultura? A mesma? (mas volta a questão se somos os mesmos on
e off). Quem nos educa para viver as redes sociais, o convívio na internet?
Nossos pais? (provavelmente não. Não são “nativos virtuais”. Nossas escolas?
Geralmente não. Pouco se fala, discute e utiliza-se de fato disso. Muitas vezes
se foge inclusive, com medo).
Seriamos então os
pré-históricos do mundo virtual???? Teríamos que assim como nossos antepassados
(reais) aprender, desenvolver uma rede cultural e deixarmos o lado mais
instintivo e passarmos, através da educação, mudarmos nossa forma de lidar com
tudo isso?
Mas os pré-históricos
reais tiveram auxilio do fogo (que possibilitou o cozimento da carne, proteína
e consequentemente o desenvolvimento do cérebro?) A agricultura e o ganho de
tempo para as invenções culturais(?). É, nossa motivação vai ser qual?
Na foto, uma imagem do trabalho de Chompoo Baritone, que analisa a espetacularização da vida (ao menos no plano virtual). Por uma vida sem tantos filtros....
Abaixo um vídeo sobre comportamento e internet.
E ainda o "On ou off de que lado você está?"