La la land é um filme superestimado.
Não digo isso por não ser o maior fã de musicais, mas por não acreditar que
seja digno de tantas indicações ao Oscar.
Mesmo não sendo o maior admirador dos filmes que são contemplados com
essa premiação, fiquei um pouco decepcionado com esse longa. Mas já adianto que
o culpado não foi o filme!
A questão não é o filme ser ruim. (Quem seria eu para classificar
universalmente algo como Bom ou ruim). Mas a expectativa, como de costume,
atrapalhou.
Tem um roteiro quase óbvio, até o final, que surpreende e traz o ponto
alto do filme. A fotografia é excelente e ela traz uma cor realmente
interessante. A atuação do Ryan Gosling é sensacional. A Emma Stone também está
lá, com toda aquela sua beleza.
Destaco ainda a forma que o musical aborda o jazz. Traz uma visão
poética e uma refrescância sobre esse gênero tão importante pra música e
sociedade. As músicas que são interpretadas e a paixão com que o ritmo é
abordado, realmente contagia.
Mas a grande tônica é a relação de sonho e realidade. Isso o filme faz
muito bem. Correr atrás dos sonhos ou viver a sua própria realidade? E há
como misturar os dois caminhos?
Entre expectativas, decepções, música marcante, passinhos marcados
e surpresas, o filme merece ser assistido.
E fica a reflexão: sonhamos para
poder suportar a realidade? Os sonhos deixam a realidade mais
decepcionante? Deveríamos sonhar mais? Se contentar mais com a realidade?
De novo trago o Epicuro e o “quanto menos desejos, mas fácil a
felicidade” e o Pessoa “Não sou nada, mas guardo em mim todos os sonhos do
mundo”. Não necessariamente precisamos contrapô-los. E talvez essa medida do equilíbrio
seja o melhor do La La Land! Vamos
sonhar uma nova realidade” Pés nos chãos mas cabeça nas nuvens.
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